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Resenha: Eliminator – “Ancient Lights” (2022)

Dissonance Productions

A nova safra do Heavy Metal está recheada de ótimas bandas. Eis aqui uma banda que entraria fácil para o NWOBHM se tivesse sido formada na década de 80.


Diretamente de Lancaster, Inglaterra, Eliminator lançou, em Janeiro, o seu terceiro full-length, “Ancient Lights”, pela Dissonance Productions. O álbum é o primeiro a contar com o vocalista Danny Foster e contém 10 faixas excepcionais, as quais irei falar um pouco mais agora.

Divulgação / Facebook / ELIMINATOR

“Arrival” é um cartão de visitas do novo frontman, onde ele exibe toda a sua capacidade vocal. Os solos e riffs são ótimos, o baixo se faz presente o tempo todo e a bateria segura a onda muito bem. Um som bem oitentista.

“Silent Stone” é uma das melhores desse disco. O grande destaque é o baixo, que invade tudo sem pedir licença e se mantém vivo durante toda a música. “Ancient Lights” é um pouco mais lenta que as duas anteriores, mas não perde nada em termos de qualidade. Na metade da canção, a banda pisa um pouco no acelerador e o bumbo duplo entra em ação. O vocal é visceral e os solos dobrados de guitarra dão um toque a mais.

“Goddess Of Life” é um soco no estômago, com riffs matadores e uma bateria forte, que segura a barra durante toda a música. O baixo se destaca bastante e os solos não deixam a desejar. “The Sculptor And The Stone Lady” é um pouco mais cadenciada que as anteriores. A introdução é simples, os riffs são de rachar os ossos e o solo que vem na sequência é puro feeling. Aquele tipo de música que fica marcada pela intro. Destaques para o vocalista Danny Foster, que se mostra bastante versátil, aos violões, que roubam a cena na metade da canção e as guitarras que estão sempre em sintonia.

ELIMINATOR / Photo By: Stefan Rosic @Flash Bang Wallop!

“Lord Of Sleep, Dreamaster” é outro petardo! Começa lenta mas logo se torna veloz, o bumbo duplo come solto, o baixo é evidente o tempo todo, os riffs e os solos dobrados dão um tempero a mais. “The Library” é simplesmente maravilhosa. A canção que eu mais gostei. A simplicidade me encanta! Riffs simples, mas poderosos, um refrão pra cantar junto, o baixo se destacando do início ao fim e mais uma vez as guitarras dobradas roubando a cena.

Lindíssima!

“Mercy” me lembrou bastante o Accept atual, por conta de sua introdução. Destaco mais uma vez a linha de baixo, que dispensa comentários. A viradas de bateria agregam muito aos riffs e o vocal é um show a parte. Em “Foreverless” as guitarras clean e o violão se destacam bastante e na sequência um solo de guitarra quebra todo o clima. Destaques mais uma vez para as guitarras dobradas e o baixo que faz toda uma base sensacional durante o solo.

“The Nightmare Of Aeon” encerra o disco em grande estilo. Em um clima cinematográfico, a parte instrumental cria toda uma atmosfera. A performance vocal é soberba!

Reprodução / Facebook / ELIMINATOR

Eliminator faz parte dessa nova safra de bandas do N.W.O.T.H.M. E pra quem é saudosista, assim como eu, é um prato cheio. Esse disco contém todos os elementos do Heavy Metal oitentista. As guitarras dobradas, que tanto mencionei, são heranças de K.K Downing e Glenn Tipton. O baixo estrondoso e em destaque é herança de Steve Harris. O vocal visceral é herança de Rob Halford. E durante a sua experiência com a obra, você vai notar várias outras influências contidas nesse disco.

Particularmente, gostei muito!

Achei os músicos bastante entrosados e as canções muito bem construídas. Com certeza, Ancient Lights estará no meu top 10 álbuns de 2022. Finalizo dizendo algo que sempre falo:

quando uma banda nova lança um disco matador, quem ganha somos nós e o Heavy Metal.

Nota 9,0

Integrantes:

Faixas:

Redigido por: Israel Castro

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