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Resenha: ReapTer –“Blasted” (2022)

Art By: Alcides Burn

“Blasted” é o terceiro disco da banda italiana de Thrash Metal, ReapTer.

Seis anos após o lançamento de seu segundo álbum, “Cymatics”, o qual eu tive a honra de resenhar aqui no Mundo Metal, a banda romana de Thrash Metal, ReapTer, lançou no dia 21 de janeiro, seu terceiro full lenght, “Blasted”, pelo selo Buil2Kill Records.

Confesso que houve uma baita surpresa, que chegou ao ponto de ser um susto, quando escutei esse disco pela primeira vez, mas claro, tudo bem positivo e agradabilíssimo.

O fato que me causou espanto foi a enorme mudança na sonoridade do quinteto italiano. No “Cymatics”, eles compuseram um registro, que mencionei, na época, como Tech/Thrash Metal, que tinha bastante influência na velha escola americana oitentista, ainda que possuísse suas particularidades. Gostei bastante do que eu ouvi naquele ano.

Singles

Dois singles isolados, “Subliminal” (2020) e “The Shadow” (2021), já davam a ideia do que viria posteriormente. Mas eu não apostei que a diferença seria tão imensa. Quando coloquei “Blasted” para rolar pela primeira vez, “No Backwards Step” chegou socando o meu nariz. Assim sendo, muito diferente do que era antes, me deparo com um Thrash Metal mega pesado, com vocal gutural do mesmo frontman, Claudio Arduini, que alterou completamente sua forma de cantar, com riffs atropeladores e uma bateria que se assemelha a uma Scania desgovernada, mas perfeitamente ritmada.

Groove Death Thrash Metal

Só os solos de guitarra lembram o som que eu escutei há alguns anos. O Thrash Metal com influências old school de outrora se transformou em um Thrash com mesclas de Groove e Death Metal, podendo ser definido, inegavelmente, como Metal extremo.

Photo By: Emanuele Gregori

“Cold War”, em seguida, deu continuação ao massacre sonoro produzido por um tipo de Thrash que costuma não ser o meu favorito, mas nesse caso, eu tive que me render. Refrão perfeito, assim como o de sua antecessora, e pancada nos tímpanos sem clemência.

“Riot”

“Riot” é diferente. Ela é totalmente Groove Metal, bem mais cadenciada e ficou isolada no contexto da obra. Não é ruim, mas creio que ela estar na terceira faixa pode ter sido em um momento um tanto adiantado do que deveria ser.

Talvez mais pra frente, “Riot” causasse um efeito melhor. Virando a página, tem “10 Days”. O Thrash destruidor volta a dar o comando, porém sem tanta velocidade quanto as duas primeiras canções, todavia, boa assim mesmo.

Photo By: Emanuele Gregori

O Groove Metal volta em “Eve”, porém dessa vez com mais elementos de Thrash mesclados que a tornam muito interessante. “The Way Out” segue a sina assassina da receita da maioria das músicas desta “bolacha” (ou “biscoito”, como diria meu brother Daniel Dante, rs). “Timeless” volta a acelerar e resgatar a pegada praticada no início. Interessante frisar como a dupla de guitarristas, Daniele Bulzoni e Max Pellicciotta, trabalha sincronizada. Os solos de Pellicciotta prezam a técnica e a melodia e soam magníficos. O baixista Jury Pergolini e o baterista Emiliano Niro formam o suporte perfeito para a recente sonoridade do ReapTer, que por sinal, soou bem demais e deu muito certo.

Photo by: Emanuele Gregori

Finalização

O full lenght de número três desses competentes romanos encerra com mais um soco direito no queixo, “Wall Of Death”. Esse disco, literalmente, fez minha cabeça e certamente agradará os fãs de Thrash mais extremo ou “podreira” como costumamos chamar. Para esses, indico a audição de “Blasted” como essencial.

Congratulazioni a ReapTer per l’eccellente rilascio, ancora una volta. Spero che tu continui su quella strada, sempre!

Nota 8,8

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Clique no link abaixo, a fim de conferir a resenha do álbum “Cymatics”, de 2016,

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