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Resenha: Revenge – “Venomous Vengeance” (2022)

Revenge - Venomous Vengeance

Revenge - Venomous Vengeance (Independente)

“Venomous Vengeance” é o novo álbum da banda colombiana de Speed Metal, Revenge.

No início desse ano, no dia 28 de janeiro, a instituição colombiana de Speed Metal, Revenge, lançou seu nono full lenght, “Venomous Vengeance”, o qual sucedeu o ótimo “Trust In Metal”, lançado em 2020.

Apresentando, novamente, um Speed/Heavy Metal totalmente old school (80’s), o quarteto de Medellín me convenceu, ao mesmo tempo, através da alta competência e da qualidade de suas composições. Os amantes da música pesada da década de oitenta, eu sou um deles, não têm como sentirem indiferença ou repudiarem algo feito com tanta maestria por quem conhece intimamente a alma do que está tocando.

HELLFIRE

Antes de mais nada, os vocais de Hellfire, que também faz parte da dupla de guitarristas, ao lado de Night Crawler, estão ainda mais dignos de elogio. Ao passo que os riffs e solos combinam precisamente com as canções, tornando a atmosfera genuinamente da velha escola.

Enquanto isso, a cozinha do baixista Camilo Hernandez, que dá peso e beleza a sonoridade com suas frases melódicas, e do baterista Hell Avenger, que mantém o Speed Metal do Revenge, através de seu ritmo acelerado, é o suporte da musicalidade dos colombianos já veteranos na cena underground.

REVENGE / Reprodução / Facebook

Em primeiro lugar, o disco abre com uma “Intro” instrumental que logo evolui para a canção “Speed Rock’N’Roll”. O nome da faixa é sugestivo, pois o Rock’N’Roll tocado mais rápido também faz parte das raízes do Speed Metal. Ou seja, temos um legítimo hino do Rock e da vida no underground. Contudo com um ritmo mais voltado ao Heavy tradicional, destaco a linha de baixo de Hernadez.

“Sonhando com o barulho forte em nossos corações / A noite toda e ao meu lado / Eu sinto a energia maligna que vem / Correndo livre e não é suficiente / Amigos e maníacos me dão uma cerveja / Gritando mais alto é o que eu vejo / Música mais forte é que me faz viver / Acelere o rock and roll, a velocidade está em mim / Eu quero balançar com você / Eu quero agitar para o mundo / Nada importa quando estou na estrada / Falando com perigo até o amanhecer / Você sente o que faz e você está bêbado pra caralho / Bem-vindo ao inferno, estou fora de controle”

“Metal For Freedom”

Já que vivemos em um mundo repleto de tiranos e suas tiranias, nada melhor do que Heavy Metal para nos libertar. Dessa forma, “Metal For Freedom” exala o aroma da liberdade que é o seu verdadeiro sentido. Assim sendo, sem dogmas e sem regras estúpidas, não forçando a própria verdade em ninguém.

“Eu atravesso as ruas no meu caminho / Procurando pela chamada de liberdade / Correndo para a cidade / Observando o céu e o sol / Mas eu quero que a noite venha até mim / Agora eu sinto o barulho na estrada / Deixe-me sentir a força que vem / Eu sei o que estou esperando / Uma luz no escuro eu vejo / A razão de ser para viver / E eu sei o quão curto é o tempo / Metal para liberdade eu vou / Mas eu quero que a noite venha até mim / Eu quero você toda em Metal e aqui / Nunca pare nosso maldito caminho / Sempre seremos vencedores do aço / Suor e sangue no palco / Nunca se esqueça… / Metal! Pela liberdade! / Sim, eu sou crente / Metal! Pela liberdade!”

“Hit Road” traz de volta o mais puro Speed Metal com um refrão que lembra as letras satânicas dos anos 80:

“Pego a estrada com Satanás meu amigo / Cruz invertida, eu acelero / Pego a estrada com Satanás meu amigo / A morte corre pelo ar”

A faixa que intitula o disco é também minha favorita. “Venomous Vengeance” segue uma fórmula semelhante a sua antecessora, porém com um refrão ainda mais grudento e matador. Presenciamos uma aula de Speed com tempero sul-americano.

Como esquecer esse refrão:

“Cavalgo no tempo / Com raiva nos meus olhos / A vingança prevalece.”

Com um riff avassalador e muita velocidade, “Wings Of Fire” abre a segunda parte da obra, mantendo o alto nível da audição. Aliás, não há baixa de temperatura do início até o fim. Eu poderia citar trecho de todas as letras, porém, tornaria a leitura lenta e cansativa.

REVENGE / Divulgação / 70000 TONS OF METAL


“Evil Crows” inicia a trinca de ritmo mais acelerado do álbum, lembrando os primórdios da sonoridade da banda. Todos os refrãos são cuidadosamente pensados para que a galera possa cantar junto nos shows. Sem descanso para os ouvidos e o pescoço, “Wild & Obscene” vem, em seguida, metendo o pé na porta até derruba-la. “Metal Thunder” encerra a masterpiece de forma tão vigorosa e metálica quanto a mesma iniciou. Eu me sinto contente demais por ter tido a honra de resenhar os últimos dois trabalhos do Revenge. Eis um dos excelentes nomes do subgênero Speed Metal, que precisa ser ainda mais reconhecido.

É fã de Speed Metal old school? Esse álbum é obrigatório para você!

Nota 8,9

Integrantes:

Faixas:

  1. Intro/Speed Rock & Roll
  2. Metal For Freedom
  3. Hit The Road
  4. Venomous Vengeance
  5. Wing Of Fire
  6. Evil Crows
  7. Wild & Obscene
  8. Metal Thunder

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

LEIA A RESENHA DO ÁLBUM ANTERIOR, “TRUST IN METAL” (2020):

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