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Resenha: Tempest –“Point Of No Return” (2022)

“Point Of No Return” é o segundo disco da banda alemã de Thrash Metal, Tempest.



No último dia 28 de maio, em formato independente, a banda de Thrash Metal alemã, Tempest, lançou seu segundo full lenght, “Point Of No Return”, o qual sucede o debut “When Hate Has Dominion” de 2018.

Ao mesmo tempo, a qualidade da gravação e o nível do Thrash apresentado me surpreenderam bastante. Já que ser uma banda de Thrash na Alemanha é carregar a responsabilidade de honrar das tradições da escola teutônica desse amado subgênero.

TEMPEST / Teutonic Thrash Metal / Reprodução

Como será que o Tempest se sai nessa importante missão?

Inicialmente, a pequena introdução “TheVeredict” já envolve o ouvinte na atmosfera de violência sonora que começa em seguida. “Fire Will Judge” me soa muito mais como American Thrash, porém mesclando as pegadas old school e moderna em uma só sonoridade.



Philipe Piris, que é vocalista, guitarrista, assim como o chefão do quarteto, agrada com sua voz imponente e também formando a dupla de guitarras com Simon Humpohl. Riffs matadores, solos técnicos e melódicos resultam desse trabalho conjunto.

“O mal habita em nosso meio / Temos que nos estar com punho de ferro / Na falsa crença – eles te trazem tristeza / Caçá-los para trancá-los / Na hora das bruxas, eles devem ser pegos / Pacto demoníaco – deve ser combatido / Ritos satânicos – retire seus direitos / E trazer você para morrer no… / Fogo – Vai julgar! / Se errado ou certo / Enquanto você pega-fogo / Sob seu olhar maldoso.”

“Unbroken” introduz muito mais acelerada, no entanto, soando ainda mais intensa que sua antecessora, seu tipo de riff lembra “Arise” do Sepultura. Porém, essa reminiscência dura somente poucos segundos e a personalidade Tempest prevalece explicitamente. Os solos de Simon soam rasgados e arrebatadores. Além disso, a cozinha formada por Daniel Gerth (baixo) e Gabor Franyo (bateria) mostra o seu valor na construção dessa massa sonora pesada.



SINGLE

“Collateral Murder” foi o primeiro single do full lenght a ser adiantado e foi muito bem escolhido para ser o cartão de visitas do registro, pois, é fantástica e uma das minhas preferidas, principalmente pelo trabalho conjunto das guitarras.

“Em face da luta mortal / Desfocando o preto e branco / Injusto e apenas uma linha auto-desenhada / Levar ao crime não perdoado / Assassinato colateral / Mancha de sangue aos olhos do público / Assassinato colateral / Os inocentes são deixados para morrer!”

“Through The Pain” exala, inegavelmente, o perfume do American Thrash. Pitadas de Metallica, Megadeth, Testament e Exodus podem ser observadas em uma canção de 7m21s, mas tudo absolutamente como influência ou referência, jamais tentando ser cópia. Esse é o meu tipo preferido de Thrash e sem surpresa alguma, eis minha canção favorita do segundo disco do Tempest. São muitos detalhes que se harmonizam em uma música viajante e agradável que faz com que a mente explore o universo infinito do Metal.



Tente tirar esse refrão da cabeça e falhe miseravelmente:

“Somos andarilhos pelas profundezas do Inferno / Pise uma linha fina enquanto atravessamos a dor / Heróis rotulados – enquanto tocamos o sino / Pise uma linha fina enquanto atravessamos a dor / Vindo sob fogo / Seus camaradas caindo um por um você vê o cara selvagem da guerra / Ouça os gritos ocos enquanto… / Responsabilidade / Pesando pesado – esmagando seu ombro / Sangue é tudo que você vê / Nós seguimos você em…”

TEMPEST / Divulgação / Facebook

“The Divide” se destaca pela produção dos vocais. O trabalho de Piris ficou acima do bem e do mal, dando aos refrãos um sútil toque de Power/Thrash, o qual não condiz com a música como um todo. “The Backwater Gospel” me remete a Slayer de imediato, inclusive no estilo lírico. “O Evangelho do Remanso” mistura a pancadaria do Thrash com o clima sombrio de canções como “At Dawn They Sleep”, adicionamos ai os lindos solos de Simon Humpohl .

“Temei! / Temei ao Senhor / Como devemos praticar tudo o que ele pregou / Aproxima-se / Nossa morte / Se pecarmos e não atendermos ao seu conselho / O agente funerário é… / Transmissão à frente / Sombra da morte / Aguarde o resultado / Enquanto seguramos nossa respiração / Sem vida seu olhar / Horrível seu sorriso / Espere a queda / O pecado final / O medo leva ao ódio / O ódio leva ao pecado / O pecado leva à queda / A punição – Morte!”



Iniciando a trinca final temos “UltraNation”, que começa com dedilhados, soando diferente das demais. Porém, pouco mais de um minuto depois, ela acelera e resgata a excelente fórmula utilizada até aqui. Mais um refrão grudento, mais um solo furioso, tudo funciona nessa surra pesada teutônica. A diversificação rítmica chama a atenção, essa variação dinâmica resulta perfeita para mim.

“Protector, Pretender” já introduz destacando o trabalho de bateria de Franyo. Thrash Metal elegante de terno e gravata, trabalhado e que me faz muito feliz com mais um solo que me deixa babando. O encerramento fica por conta da canção-título, “Point Of No Return”. Se “When Hate Has Dominion” que intitula o debut é uma obra de arte, “Point Of No Return” não fica atrás, repetindo a grandeza de “Through The Pain”, contudo com a adição de um ar de suspense que faz toda a diferença.

“Outra pílula amarga para engolir / Traição batendo direto na minha cara / Agindo como um maldito palhaço de circo / Você tenta me arrastar para o abismo / Tente me afastar – seu hipócrita / Tente me derrubar – o golpe final / Tente rasgar meu pedaço de mente / Mas estou determinado – vou permanecer desafiador / A linha é cruzada / Se perca porra / E não volte Você chegou ao ponto sem retorno / A linha é cruzada / Se perca porra / E não volte / Você chegou ao ponto sem retorno / Eu não dou a mínima para o que você diz / Eu nunca vou jogar os jogos que você joga / Eu vou te jogar no poço / Nem mais um segundo eu vou suportar essa besteira / Derrubando minha parede de prisão mental / Quebrando sua rotina parasitária / Subindo ao som da chamada de liberdade / Vou persistir e deixar as cicatrizes para trás! “



Houve ótimos discos de Thrash em 2022 e tive o prazer de resenhar a maior parte deles, mas como o Tempest era desconhecido para mim, esse disco foi uma surpresa com a qual deparei em meu caminho e, convenhamos, que excelente surpresa! Procurarei conhecer o debut com mais profundidade e esperarei ansioso por novos registros.

Herzlichen Glückwunsch, Tempest, für das hervorragende “Point Of No Return“

Nota 9,3



Integrantes:

  • Philipe Piris (vocal, guitarra)
  • Simon Humpohl (guitarra)
  • Daniel Gerth (baixo)
  • Gabor Franyo (bateria)

Faixas:

  • 1.The Veredict (Intro)
  • 2.Fire Will Judge
  • 3.Unbroken
  • 4.Collateral Murder
  • 5.Through The Pain
  • 6.The Divide
  • 7.The Backwater Gospel
  • 8.UltraNation
  • 9.Protector, Pretender
  • 10.Point Of No Return

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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