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Rock In Rio: “Grandes bandas como o Metallica, têm agendas muito complexas. No topo da pirâmide, há poucas bandas que podem atrair 100 mil pessoas”, diz Medina

Rock in Rio Grandes bandas como o Metallica, têm agendas muito complexas. No topo da pirâmide, há poucas bandas que podem atrair 100 mil pessoas, diz Medina

Roberto Medina é idealizador do Rock in Rio Webert Belicio / Agnews

A última edição do Rock In Rio foi duramente criticada tanto por fãs de Rock e Metal que sentiram falta de mais atrações dos gêneros no cast do Dia do Rock, quanto por fãs de outros estilos que criticaram a presença massiva de “artistas” de Trap, a moda do momento entre os público jovem e adolescente no Brasil. A edição de 2024 entrou para a história como “a pior edição do Rock In Rio de todos os tempos.”

Desde a primeira edição em 1985, o festival não se dedicou exclusivamente ao Rock, e a origem do nome se deve justamente porque na época de sua criação, o Rock estava em alta no mundo inteiro, e vivia o seu o momento – ou seja, seu nome se deve a nada mais que uma boa estratégia de Marketing de seu criador, Roberto Medina, que apenas usou do grande apelo do Rock nos 80 para atrair a atenção do público para o festival que acabou se tornando anos mais tarde, em uma marca conhecida mundialmente. Naquela edição, tivemos bandas do calibre de Queen, Iron Maiden, Scorpions, Ozzy Osbourne, Whitesnake e AC/DC, mas também tivemos atrações que nada tinham a ver com Rock.

No entanto, durante uma nova entrevista ao G1, o publicitário Roberto Medina, explicou que, como alguns de nós sabe, o Rock In Rio não nasceu para ser um festival apenas de Rock, e segundo Medina, as afirmações de que não existe mais Rock no Rock In Rio não são verídicas:

“Falam que antes era rock e agora não tem mais rock como no início. Não é verdade. Mas isso é bacana, acho que é legal o debate. Isso mostra que as pessoas se importam com o Rock in Rio…”

Além disso, ele abordou os desafios de renovar as atrações de Rock e explicou:

“Se eu trouxer de novo o Guns, a mídia vai dizer que o Axl não tem mais voz, muitas pessoas podem reclamar, mas vai lotar outra vez. Eu respeito muito quando você passa a ir além da sua música e se torna uma entidade.”

Mais tarde, ele acrescentou:

“As grandes bandas de metal e rock pesado, como Metallica, têm agendas muito complexas. Sempre que houver oportunidade, traremos essas bandas. O Rock in Rio tem a vantagem de reunir a maior plateia do mundo, mas também é difícil encontrar bandas que possam atender a essa demanda. No topo da pirâmide, há poucas bandas que podem atrair 100 mil pessoas. São no máximo 30 bandas que podem ter uma performance deste tipo de dimensão. A grande vantagem do Rock in Rio é que ele é o próprio headliner. As pessoas vão ao festival para viver a experiência, não apenas para ver uma atração específica. Temos pesquisas que mostram isso: 50% vai para ver algum artista e 50% vão pelo festival. É emocionante ver pessoas com a marca do Rock in Rio tatuada. Isso não tem a ver com a banda A ou B, mas com a experiência vivida lá.”

A edição de 2024 contou com Deep Purple, Journey, Evanescence e Avenged Sevenfold como principais atrações do Dia do Rock.

Roberto Medina (Leo Aversa)
Leia mais em: https://forbes.com.br/negocios/2015/12/como-roberto-medina-tornou-se-o-midas-do-rock-no-brasil/
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