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Sabaton: comentários controversos do baixista podem retirar o prêmio “Educador Público” da banda

SABATON / Reprodução / Facebook

A Associação Sueca de Céticos começou a revisar a decisão de homenagear o Sabaton com o premio Educador Público do Ano após alguns comentários controversos do baixista Pär Sundström sobre a Crimeia.

O prêmio seria dado para banda pela capacidade de conseguirem trazer ao público relatos verdadeiros sobre a história mundial. Com ajuda de historiadores e especialistas, Sabaton apresenta de forma musical um conteúdo factual bem embasado. Ao falar com o Dagens Nyheter, Pär comentou:

“É ótimo receber a confirmação de que você está fazendo algo certo. É ótimo. O rock vem em primeiro lugar, mas é ótimo que nossa história paralela também chame a atenção. Hoje temos muitas pessoas em nossa rede que estão mais do que felizes em nos ajudar a nos dar informações caso não tenhamos certeza de nada sobre a história.”

O anúncio do prêmio foi dado dias depois de “Carolus Rex” ser removida da lista de reprodução de músicas do Spotify que representará a Suécia, enquanto o país mantém a presidência do conselho da União Europeia. A faixa foi removida depois que o governo sueco foi alertado sobre a apresentação da banda em 2015 na Crimeia, após a anexação ilegal da península ucraniana pela Rússia. O show teria sido organizado pela gangue russa de motoqueiros Nattvargarna, próxima a Vladimir Putin. A dois anos, as forças armadas suecas pararam de trabalhar com a banda pelo mesmo motivo.

A representante de imprensa do governo disse ao Dagens Nyheter:

“Isso não é algo que queremos associar à presidência sueca.”

A própria Vetenskap Och Folkbildning, organização que dará o prêmio, não se preocupou com essa questão. Pär deu sua opinião sobre o assunto dizendo:

“Talvez seja um pouco desnecessário em geral ter uma lista onde os políticos dizem o que ouvir e o que não ouvir. Não atribuí muita importância por ter sido removida.”

Porém em 2016, Pär deu a seguinte declaração sobre a Criméia:

“Se você vai a Sevastopol, dificilmente sente que eles se sentem ocupados – muito pelo contrário. Eles estão ocupados há anos apenas porque acabaram do lado errado quando a fronteira foi traçada entre a União Soviética e a Ucrânia. Todos esses anos eles, se sentiram como russos, mas tratados como um pequeno pedaço da Ucrânia.”

Pär explicou ao Dagens Nyheter essa declaração, dizendo:

“Minha citação foi como experimentei a situação lá e depois no local e as impressões que levei para casa comigo. Que alguém invade ou ocupa outro país é contra o direito internacional, que eu acho que deveria ser aplicado em vez de alguém recorrer a um conflito armado, como aconteceu agora na Ucrânia. Nosso catálogo de canções é a prova de que já houve combates suficientes.”

Mesmo assim, Per Johan Råsmark, o representante da organização, disse que uma reunião será feita para decidir o prêmio da banda.

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