Segundo o ex-baterista do Scorpions, Herman Rarebell, a banda acabou em 1996. Rarebell é o coautor de algumas das letras dos álbuns mais cultuados dos alemães e atuou como baterista dos Scorpions entre 1977 e 1995, ou seja, a era mais gloriosa do grupo.
Ao ser questionado sobre a possibilidade reunião com seus ex-colegas de banda durante uma nova entrevista com Talking The Talk With Don, ele respondeu:
“O último baterista que eles tiveram foi James Kottak. Ele faleceu. Estou muito triste com isso porque ele era um cara legal. E então eu escrevi um e-mail para eles. Eu disse: ‘Por que não fazemos algo juntos de novo?’ E sabe de uma coisa? Eu nem obtive uma resposta. Depois de 20 anos com aqueles filhos da put@, nem uma resposta. Eu disse: ‘Ok, foda-se. Ótimo.’ Porque eu posso fazer minhas próprias coisas — sem problemas. Eles não podem. Porque a química que tínhamos era única. E se você estragar isso, vai ser difícil substituir. E as pessoas lá fora, os fãs, eles não são estúpidos. Eles podem ouvir isso imediatamente. Eles me escreveram tantos e-mails: ‘O que aconteceu?’ Eu não quero explicar o tempo todo. Todo mundo pode fazer na vida o que quiser. É por isso que temos livre arbítrio. E então eu respeito isso.
Para mim, a banda acabou em 1996. Não houve nada que eles lançaram depois que eu saí que me deixou impressionado, onde eu disse, ‘Uau, isso é incrível.’ Até o último álbum, Rudolf me disse, ‘Vai ser como o álbum ‘Blackout.’ Eu disse, ‘Não tem nada a ver com ‘Blackout’. Você deveria ter Dieter Dierks, [produtor de longa data do Scorpions], de volta à banda e eu escrevendo algumas letras para você. E então teríamos um ótimo álbum. Mas, de outra forma, o que é isso? Por que você faz isso?’ Nenhuma resposta.”
Mudanças no direcionamento é algo pelo qual muitas bandas passam ao longo de suas jornadas, entretanto, muitas acabam se perdendo pelo caminho. Rarebell falou sobre o momento em que sentiu que o Scorpions estava “perdendo o rumo” e afirmou que não queria ficar no território das baladas:
“Realmente depois [da balada] ‘Wind Of Change’, você podia ver a direção. Klaus obviamente estava a favor de ir nessa direção, mas no meu coração, eu ainda sou um cara do hard rock. Então, para mim, eu queria fazer mais rock, não ir para a terra das baladas. Para mim, não havia mais nada a fazer do ponto de vista da criatividade. Então, eu disse a mim mesmo: ‘Bem, você tem que fazer outra coisa.’ E foi exatamente isso que eu fiz.
Quando olho para trás, não há nada do que me arrepender. Olhe para a banda agora. Como o Michael Schenker diz em todas as entrevistas, ‘O que eles fizeram depois que Herman saiu?’ Não há mais sucessos. Os fãs me escrevem muitos e-mails: ‘Por que você não faz algo que fez antes em ‘Animal Magnetism’ [de 1980], ‘Blackout’ [de 1982], ‘Lovedrive’ [de 1979] e esse tipo de álbum?, que eram álbuns de rock puro. E é aqui que meu coração está, e é isso que eu queria fazer.”
Veja a entrevista completa com Herman Rarebell abaixo: