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Sebastian Bach: segundo o cantor, se não concordar com sua visão política, “por favor, pare de ouvir minha música”

Este é um verdadeiro exemplo de como alguns músicos do Rock estão se tornando figuras caricatas e patéticas. Passa muito longe de tudo que o Rock representa em termos de liberdade, querer impor visões políticas ou religiosas para outras pessoas.



Sebastian Bach, o eterno ex-vocalista da fase clássica do Skid Row, resolveu nesta semana responder um fã na plataforma X. O músico sempre se declarou ser anti-Donald Trump e manifestou tais posicionamentos por diversas vezes. Até aí está tudo certo. Cada um com suas visões de mundo.

O fã escreveu:

“Não suporto sua política, mas amo sua música e você parece legal de qualquer forma. Tão conflituoso haha.”



Pois, sem pensar duas vezes, Bach respondeu o comentário com a seguinte frase:

“Então você confia em JD Vance para liderar você e seu país? Por favor, pare de ouvir minha música.”



É claro que isso não passou despercebido e logo uma enxurrada de comentários começaram a ser feitos respondendo o cantor. Muitos se disseram decepcionados, outros mencionaram que Bach foi intolerante e alguns aproveitaram para alfinetar o vocalista mencionando que ele só foi relevante quando cantou músicas escritas pela dupla Rachel/Bolan, do Skid Row.

Bem, o que nós temos a falar sobre isso?


Rick Kern, FilmMagic

Opinião Mundo Metal

Acreditamos que as pessoas tem total direito de concordar ou discordar dos seus artistas favoritos. Principalmente, quando os assuntos se referem a fatores extra-música, como posicionamentos políticos, religiosos e etc. As pessoas são diversas, possuem criações e educações distintas, passam por experiências únicas e lidam com questões corriqueiras de formas absolutamente diferentes.

O Rock e o Heavy Metal sempre foram gêneros considerados livres de amarras e de regrinhas pré-estabelecidas. Sempre foi o lar dos excluídos, dos degenerados, dos questionadores, e sempre acolheu todos aqueles que não se enquadravam nas normas pré-estabelecidas pelo sistema vigente.



Apesar de tudo isso, muitos artistas do meio se tornaram grandes estrelas mainstream, ganharam quantias substanciais de dinheiro e acabaram por se transformar em figuras sem identidade. Precisamos lembrar que o Sebastian Bach jovem, aquele que realmente foi relevante e fez sucesso, era o garoto inconsequente que gerava polêmicas nos noticiários por tocar com uma camiseta com os dizeres anti-gay: “AIDS Kills Fags Dead”.

Reprodução/Acervo

Além disso, Bach foi o perfeito estereótipo do rapazote deslumbrado com a fama e que fez quase tudo errado sempre. Seu comportamento se transformou em algo tão nocivo para seus ex-colegas de banda, que eles preferiram abrir mão de seu talento do que ter que lidar com uma figura tão imprevisível e repulsiva nos bastidores.

O tempo passa, o tempo voa…

Pois é este o cara que, hoje, sente-se no direito de se achar o dono da verdade, inclusive, pedindo aos fãs que dão suporte para seu trabalho, deixarem de ouvir sua música caso não concordem com suas visões políticas. Veja bem, músicos são pessoas comuns que tem o direito de se manifestar politicamente da forma que quiserem. Entendemos que as pessoas podem sim evoluir e passar de um moleque fazedor de merdas para alguém mais engajado socialmente. Mas a música é um negócio. E quando você fala abertamente, “caso não concorde comigo, por favor, não escute minha música”, você está apenas dando um tiro no próprio pé.

Bach está apenas mostrando que se tornou alguém totalmente intolerante. E o pior, está sendo intolerante com aqueles que consomem a sua arte, que colocam dinheiro nisso. Pouquíssimo inteligente de sua parte e uma demonstração claríssima de como as pessoas hoje em dia perderam a capacidade de lidar com pensamentos divergentes. É mais fácil lacrar e excluir do seu convívio, mesmo que isso signifique uma perda considerada de seu bem mais precioso: os seus fãs.

Devemos pontuar também que músicos não são especialistas ou cientistas políticos, e caso fossem, não seriam músicos. É um total despeito se achar o bastião da verdade ao ponto de hostilizar alguém por discordâncias em um assunto ao qual, certamente, você não tem tanta bagagem assim.

Paul Natkin, Getty Images

Se quer segregar, tenha culhões!

Para encerrar, ao menos, Bach foi sincero. Diferente do que acontece aqui no Brasil com as chamadas bandas ideológicas, ele teve culhões de dizer claramente que não quer vender álbuns ou ingressos para quem pensa diferente dele. Por aqui, as bandas vivem se posicionando em prol de ideologias, mas curiosamente não vemos selos estampados nas capas dos álbuns dizendo, “só compre se tiver tal posicionamento político, se você pensar diferente não queremos o seu dinheiro”.



Com certeza, seria mais honesto. Já que querem segregar, que ao menos recebam apenas o dinheiro de quem endossa esse ponto de vista…

E sobre Sebastian, façam exatamente o que ele pediu. Caso não concordem com seus posicionamentos, deixem de consumir o seu material. Existem pessoas que precisam aprender que suas ações geram consequências.

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