O mais novo disco de inéditas do Dream Theater chegou às lojas e plataformas de streaming no último dia 7 de fevereiro e apresentou uma banda pesadíssima. Talvez, “Parasomnia” tenha trazido uma das musicalidades mais pesadas da história do grupo, se comparando com discos como “Train Of Thought” e “Black Clouds & Silver Linings” neste quesito.
Para ler a nossa análise sobre “Parasomnia” basta clicar AQUI.
Além do peso, o décimo sexto disco de estúdio da carreira do quinteto norte americano trouxe o retorno do baterista e membro fundador Mike Portnoy. É claro que esta volta aflorou o lado criativo do restante da banda e, talvez por isso, “Parasomnia” tem sido tão bem avaliado.
Em uma nova entrevista com Dylan Gowan, da Banger TV, Portnoy abordou um tema interessantíssimo. Enquanto algumas bandas do chamado Prog Rock ou Prog Metal não dão atenção ao lado mais Metal, o Dream Theater nunca o abdicou.
Para o baterista este é, inclusive, o diferencial do grupo e um dos principais motivos de terem se tornado tão grandes. Veja o que disse Mike Portnoy:
“Sim, acho que às vezes as pessoas ignoram a importância do lado Metal do Dream Theater, especialmente, comigo na banda. É um aspecto muito importante. Sempre foi. Se você olhar para a primeiríssima música do primeiro álbum, ‘A Fortune In Lies’, eu tocava Thrash, bumbos duplos, batidas de Thrash desde o início. E sempre tivemos músicas assim, seja ‘The Glass Prison’, ‘Panic Attack’ ou ‘A Nightmare To Remember’. Tem sido uma parte importante do som da banda e, para ser sincero, acho que é uma parte importante do sucesso da banda.
Há muitas bandas de Prog ou Prog Metal que ainda são meio underground e ainda fazem shows menores ou talvez não vendam tantos discos porque talvez não tenham explorado o lado Metal. Mas o fato de o lado Metal ser uma parte tão grande do nosso som, pelo menos eu acho, é o que eleva o Dream Theater à nata da safra em termos de vendas de ingressos e discos no universo Prog. Acho que é esse lado Metal que faz isso. O fato de podermos tocar em grandes festivais de Metal como Aftershock, Louder Than Life, Hellfest ou Graspop Metal Meeting, o fato de podermos fazer shows como esses como uma banda de Prog Metal fala muito sobre esse lado Metal. E quando compusemos ‘Parasomnia’, nós simplesmente caímos nisso naturalmente. Talvez tenha sido o tema sombrio de distúrbios do sono, pesadelos e coisas assim, talvez isso tenha nos ajudado a gravitar em direção a isso.
Mas, sim, se eu tivesse que descrever ‘Parasomnia’, o álbum em si para alguém, eu diria que ele tem a escuridão e o peso de ‘Train Of Thought’ com a abordagem cinematográfica de ‘Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory’.”