Sepultura: segundo Max Cavalera, “‘Chaos AD’ foi um álbum decisivo no Metal”

O líder do Soulfly, Max Cavalera, conversou com Radioactive MikeZ, do programa 96.7 KCAL-FM “Wired In The Empire”, sobre o 30º aniversário do quinto álbum do Sepultura, “Chaos AD“, e a importância do disco na carreira do musico.

Ele comentou o seguinte:

“Esses álbuns, para mim, são como filhos. Gosto de comemorar seus aniversários. Quase sinto que preciso comprar um bolo e fazer uma verdadeira festa em cada data. Acho que comemoramos através da música, porque estamos fazendo todas essas turnês legais para celebrar a música”.

“Claro que não estou afirmando que vamos fazer a festa do ‘Chaos AD’ , mas se acontecer, vai ser muito legal. Este ano o Soulfly [álbum de estreia] também comemora 25 anos e esses são dois discos realmente próximos do meu coração, ambos. ‘Chaos AD’ abre com a batida do coração de Zyon. É um disco muito especial. É quase como um momento decisivo no metal, um daqueles discos que meio que quebraram as regras de como o metal pode ser. Porque antes de ‘Chaos AD’ tudo era super rápido e agressivo, e eu acho que com ‘Chaos AD’ mostramos que há outra maneira de fazer música agressiva, um pouco mais lenta e mais orientada para o groove, com coisas como ‘Territory’ e ‘Slave New World’ e ‘Refuse/Resist’.

“Estou super orgulhoso desses discos – super orgulhoso. Vamos ver o que acontece. Ainda não tenho nada concreto. No momento, estou apenas comemorando como todo mundo – apenas aproveito que eles existem na minha vida e muito feliz por fazer parte da criação de discos assim.”

O Sepultura estava no auge criativo e comercial em 1993 quando lançou “Chaos AD” com Max na voz e guitarra, Andreas na guitarra, Paulo no baixo e Igor na bateria. O álbum vê sonoramente o transcender de sua estética Thrash Death Metal para uma produção mais eclética, apresentando ritmos orientados para o Groove, incorporando riffs melancólicos, paisagens sonoras industriais e até mesmo introduzindo elementos Punk Hardcore ao longo do álbum. Com canções de protesto como “Refuse/Resist” e “Biotech Is Godzilla”, escrita por Jello Biafra, espalhando teorias da conspiração, as letras politicamente carregadas ajudaram a moldar um álbum inovador.