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Sessão Dualidade: Dream Theater

A dualidade é um dos alicerces essenciais no desenvolvimento do Metal e seus subgêneros. Após queimar uma infinidade de neurônios, ficou claro que era impossível não citar uma banda da grandeza do Dream Theater, e não falo aqui apenas no aspecto comercial e aclamação por parte de críticos e apreciadores, mas também pelo conteúdo musical da banda em si, que expandiu os horizontes dentro e fora do Metal. Dream Theater é conhecido pela sua excelência por parte dos integrantes, composições e a execução das mesmas, dentro do estúdio ou nos palcos ao redor do mundo.

Essa excelência é definida por muito, como Art Rock, uma banda que tem um vasto repertório de influências, que moldaram a sua personalidade como um todo, passando pelo Heavy Metal tradicional até o mais veloz Speed Metal, e achando um equilíbrio em artistas como U2, Genesis, Journey, Yes e, obviamente, o Rush. Essa síntese musical, por vezes, é responsável por momentos de dualidade únicos, transitando entre propostas e gêneros distintos, sempre mantendo firme sua raiz progressiva. O vasto território em que os membros da banda divagam em suas composições líricas, engrandecem ainda mais todo o conjunto da obra, e estamos falando de músicos que escrevem sobre basicamente tudo, das experiências pessoais, suas perspectivas quanto a sociedade, filmes variados, relacionamentos, literatura até simples conjeturas espontâneas. Se pararmos pra prensar, como isso tem uma grande influência na proposta sonora e no processo de composição instrumental, conseguimos apreciar melhor as mudanças e adaptações, entre um álbum e outro.

Mas do que se trata especificamente e como podemos definir essa dualidade toa singular do Dream Theater? Sendo um dos progenitoras do Metal progressivo, John Petrucci (guitarra), John Myung (baixo), Mike Portnoy (bateria,percussão entre 1985 e 2010) Kevin Moore (teclados entre 1985 e 1994), Derek Sherinian (teclados 1994 e 1999) e Jordan Rudess (atual) foram responsáveis por desenvolver uma sonoridade que basicamente manifesta estados de espírito e mente, logo, temos desde o primeiro registro da banda, momentos de agressividade e peso incisivos (“Awake”,”Train of Thought”), momentos instrumentais quase cinematográficos (“Metropolis Pt. 2: Scenes From a Memory”), momentos de placidez acústicos e acalentadores (“Falling Into Infinity)” e. novamente, momentos de mais aspereza e agressividade direta, porém com uma proficiência técnica única (“Black Clouds & Silver Linings”, “Train of Thought”). Ou seja, uma verdadeira montanha russa de temas e eventos, tudo orquestrado de maneira absurdamente cirúrgica.

Sem mais delongas, selecionamos aqui quinze exemplares presentes nos álbuns mais icônicos, que acreditamos que se expliquem por si mesmos, um verdadeiro festival de uma dualidade que transcende o conceito da calmaria antes do caos, aqui o Dream Theater nos mostra que ambos conseguem coincidir, concomitantemente, sintetizando a mansidão e a tormenta de acordo com seus estados de espírito.

Ouça a playlist:

Redigido por: Vaz

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