Em se tratando de vocalistas ligados ao Power Metal, Michael Kiske é uma unanimidade absoluta. Basicamente, todos os entusiastas do gênero admiram e respeitam a voz potente e os agudos inalcançáveis que o senhor Kiske reproduz com maestria. O cantor alemão nasceu em 24 de janeiro de 1968 e, no dia de hoje, completando 55 anos de idade, ainda demonstra um poderio vocal invejável que faz muito vocalista jovem morrer de vergonha.
O músico iniciou a sua carreira propriamente dita ao entrar no Helloween em 1986 e gravar os clássicos “Keeper Of The Seven Keys (parts 1 & 2)”. Depois desse início brilhante, Kiske gravou mais dois álbuns muito contestados ainda com o Helloween e acabou sendo demitido após brigas internas e diferenças musicais com os outros membros da banda. O terceiro trabalho dele com os alemães foi “Pink Bubbles Go Ape” (1991) e o quarto, o esquecível “Chamaleon” (1993).

Após este período conturbado, o cantor entrou em uma fase meio estranha de auto reflexão. Sua carreira solo até certo ponto foi produtiva, mas muito aquém do talento de outrora. A guinada para uma musicalidade mais amena e longe do Metal nunca foi bem recebida pelos fãs antigos e em trabalhos como “Instant Clarity” (1996) e “Readiness to Sacrifice” (1999), até conseguimos encontrar músicas boas e competentes, porém, é importante deixar claro que esta foi uma fase onde o músico estava cheio de questionamentos internos, onde preferiu se afastar do universo da música pesada e caminhar por estradas diferentes. Traduzindo: estes não são trabalhos de fácil absorção.
Todavia, este período obscuro não durou muito e, após alguns anos, Michael Kiske foi resgatado por Tobias Sammet (do Edguy), que o convidou para participar do ambicioso projeto Avantasia. O resultado? Mais dois clássicos imortais para o gênero, “The Metal Opera (parts 1 & 2)”, e apesar de não serem trabalhos propriamente de Kiske, suas participações fizeram com que o Avantasia soasse quase que uma versão moderna dos lendários “Keepers”, do Helloween. Além disso, foram estes trabalhos que fizeram com que o vocalista largasse projetos fracassados como “Supared” e colocasse suas energias em bandas com futuro promissor como o ótimo “Place Vendome” e os discos com Amanda Somerville.

No caso do Place Vendome, a banda começou a lançar seus álbuns em meados de 2005 e ainda está na ativa como uma espécie de projeto paralelo do músico. O Place já tem 4 discos e todos merecem atenção. Este é um projeto bastante interessante, pois se trata de um Hard Rock muito bem feito e, em alguns momentos, flerta (mesmo que timidamente) com aquela velha sonoridade que todo mundo ama e que remete ao Helloween (principalmente se pensarmos em canções como “A Little Time”, “I Want Out”). Já o projeto com Amanda Somerville foi iniciado em 2010 e já rendeu dois belos registros. Aqui, Kiske aposta em algo mais sinfÔnico, neo-clássico e com um pé no Hard/AOR.
Em 2011, Michael deu início ao seu projeto mais ambicioso até então: o Unisonic. Esta foi a banda que, definitivamente, recolocou o cantor em um local de destaque na cena Power Metal e fez com que ele pudesse trabalhar mais uma vez com o amigo de longa data, Kai Hansen. Com o Unisonic, os dois ex-Helloween lançaram dois grandes álbuns e, com uma sonoridade que remetia diretamente a aquela executada por ambos quando eram membros da banda, começou uma expeculação se isso não seria um prelúdio de um retorno dos músicos à banda.

Obviamente, para acontecer qualquer coisa relacionada ao Helloween, o senhor Kiske tinha que resolver suas mágoas do passado com o guitarrista Michael Weikath. E isso realmente aconteceu. Tudo foi resolvido e o que aconteceu a seguir foi uma das reuniões mais aguardadas da história do Metal. Com Michael Kiske e Kai Hansen retornando ao Helloween em definitivo, ganhamos uma turnê fabulosa que foi um verdadeiro presente para os fãs.
Em 2021, o gigante alemão lançou o seu mais novo trabalho de estúdio e, como já era esperado, tivemos mais uma grande obra com a participação do incomparável Michael Kiske.

Nossa sessão nostalgia de hoje, traz uma seleção de faixas de diversos trabalhos que contam com a voz sublime de Michael Kiske, aumenta o som por que o “happy happy halloween” já vai começar!
Bons tempos dos primórdios de Helloween!!!! Feliz aniversário Michael Kiske!!!! valeu!!!!
Ele é um dos grandes.