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Slayer: “O que você ouvia naqueles álbuns, era real”, diz Lombardo

photo: Marty Temme

O baterista Dave Lombardo faz comentários sobre sua época no Slayer.

Atualmente, vivemos tempos estranhos. Muitas bandas tem se utilizado de diversas tecnologias novas para gravação de seus álbuns em estúdio, mas algumas delas tem feito uso desses recursos facilitadores em demasia chegando até mesmo a trazê-los para os shows ao vivo. Não precisa ser muito esperto para saber que exagerar na utilização dessas tecnologias é motivo de muitas críticas e causa inúmeras polêmicas até mesmo entre músicos e produtores renomados.

Enquanto alguns headbangers não se incomodam com nada disso, grande parte dos fãs prefere que a música seja real, sem truques ou trapaças tecnológicas que maquiam uma má performance à ponto de fazê-la parecer aceitável. Um show ao vivo é uma troca de energia entre fãs e artistas e sempre foram caracterizados por seus erros e acertos nas execuções.

Se pensarmos em uma banda que sempre soou absolutamente orgânica, não há como fugir do nome Slayer. E foi justamente sobre este tema que o baterista Dave Lombardo falou em uma nova entrevista concedida ao Stereogum. Entre os temas abordados, Lombardo falou sobre trechos de canções clássicas, sobre técnicas e a velocidade utilizada por ele durante sua época de Slayer.

Ele contou o seguinte:

“Acho que naquela época Eu estava ultrapassando os limites. Lembro-me de dizer para Jeff Hanneman, ‘Tem que ser pesado e Tem que ser mais rápido. Muito mais rápido. Vamos tocar bem pesado’, E acho que toda a mentalidade que tínhamos na época era apenas para tocar mais rápido, eu digo, fisicamente mais rápido, não mais rápido computadorizado como é hoje. agora Você tem a ajuda de softwares diferentes para fazer você soar como a porra do relógio perfeito do Big Ben. Naquela época não, você tinha que estar em ponto de bala.

Não havia nenhuma faixa onde usávamso metronômos digitalizados. Eu não tinha gravado um álbum com uma faixa com algo assim até provavelmente 2006, em ‘Christ Illusion’. E em ‘Christ Illusion’ usamos apenas em uma faixa para uma parte de uma música. Então, você sabe, as coisas eram muito primitivas naquela época. O que você ouvia naqueles álbuns, era real. Era uma execução humana real, sem a ajuda de qualquer fórmula de compasso gerada por computador ou qualquer coisa assim. Então, nós estávamos nos empurrando até nossos limites, e isso foi intencional.”

Sobre o pedal duplo em ‘Angel of Death’, Lombardo disse o seguinte:

“era parte de um solo de bateria que Eles costumavam me deixar tocar. Costumávamos tocar uma música chamada ‘Show No Mercy’ e ela começou com um solo de bateria. E eu me lembro de um show em particular, acredito que foi no Valley em Los Angeles, que Eu fiz um solo de bateria e então parei e deixei o contrabaixo seguir, e isso fisgou A atenção de Hanneman. Ele disse, ‘Cara, nós deveríamos colocar isso em uma música.’ Acho que na época estávamos escrevendo algumas das músicas de ‘Reign In Blood’ e ele disse: ‘Você deveria colocar isso no meio dessa música’. E assim fizemos. Eu sabia que ia dar certo? Não. Foi apenas uma pequena parte muito legal da música que surpreendeu a todos. Você sabe, você está ouvindo a música e, boom, ela entra nessa batida de bateria. Achei ótimo, mas não sabia até que ponto isso impactaria o ouvinte. E, aparentemente, foi um dos momentos mais legais daquele álbum.”

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