Desde que o guitarrista Marc Rizzo se desligou do Soulfly, muitas discussões a respeito do tema tomaram a frente dos portais, rádios e podcasts de Metal. Max Cavalera já é conhecido por gostar de jogar gasolina na fogueira e Rizzo parece ter aprendido a ponto de se arriscar e utilizar a mesma tática contra seu “mestre”.
Não é bem esse o caso, mas o guitarrista tem entregado munição para uma discussão bem maior e mais assídua do que vem acontecendo.

Em seu canal no YouTube, Marc Rizzo realizou uma sessão de perguntas e respostas neste último dia 21 de janeiro, sexta-feira, e o mesmo passou a refletir sobre sua participação ao lado dos irmãos Cavalera, quando tocaram músicas pertencentes aos clássicos “Beneath The Remains” e ” Arise”.
Ele disse o seguinte:
“Eu trabalhei muito, muito duro para me preparar para essa turnê. Não foi fácil aprender aquelas músicas antigas do Sepultura. Muitas delas, eu conhecia, mas eu realmente queria para mostrar muito respeito ao Andreas (Kisser, guitarrista do Sepultura). Eu não queria que seus solos de guitarra ou seus riffs fossem diferentes do que estavam no disco. As pessoas pagaram um bom dinheiro para ver ‘Beneath’ e ‘Arise’. Falando por mim, eu queria tocar exatamente como o disco. Eu queria fazer uma ótima performance e homenagear Andreas. Isso foi realmente o que me empolgou. Andreas sempre foi um dos meus guitarristas favoritos e eu realmente queria prestar homenagem, mostrar meu respeito pelo grande guitarrista Andreas. Então, quando chegou a hora de aprender todos aqueles solos, eu os aprendi de ouvido. Levei cerca de duas ou três semanas para realmente tentar aprender esses solos o mais próximo possível como eu poderia pegá-los, porque realmente não há muitas guias por aí. E eu fiz isso, eu acho. Fiquei muito animado.”
Rizzo seguiu com seu relato:
“Essa foi uma das minhas turnês favoritas que já fiz … Essa foi muito, muito importante para mim porque essa é a minha época favorita do Sepultura, foi ‘Beneath The Remains’ e ‘Arise’, especificamente porque eu acho que Andreas está no seu melhor nos primeiros anos do Sepultura. Embora eu ache que ele melhorou – aquele novo álbum do Sepultura (‘Quadra’) eu acho incrível. Eu acho que é tão bom quanto qualquer coisa que eles lançaram no passado. E eu acho que isso mostra o quão grande Andreas ficou; ele continua melhorando.”
Nota-se que Marc é admirador do trabalho de Andreas e realmente ficou contente em tocar suas músicas e seus solos que ajudaram o Sepultura a alçar voos gigantes à época. Porém, não pode ser deixado de lado o fato de que ao elogiar o Andreas Kisser, Marc Rizzo está soltando faíscas para o lado de Max Cavalera para que o mesmo provoque uma explosão com esse caso. Resta saber qual o futuro de Marc Rizzo agora fora do Soulfly. Jã o Soulfly tem o dilema do novo guitarrista para resolver.
Durante a bateria de perguntas e respostas, Marc foi perguntado sobre ter conversado com Andreas e ele respondeu:
“Não… E, obviamente, eu sempre estive muito animado para falar com ele também. Nós temos amigos em comum no Brasil. Eu sei que retransmiti mensagens para nossos amigos em comum. E eu espero que talvez um dia eu possa fazer algo com Andreas porque, novamente, ele é uma das minhas partes favoritas do Sepultura e foi uma grande influência para mim. Andreas era tão importante para mim quanto Dimebag (Darrell do Pantera) ou Kirk Hammett (Metallica) ou qualquer um dos trituradores de Thrash Metal. Ele foi muito importante para mim e fui muito influenciado por ele.”
Outra pergunta importante foi sobre o fato de aparentemente, alguns músicos que tocaram na turnê “Beneath The Remains” / “Arise” estariam exaustos durante as apresentações. Marc disse o seguinte:
“Isso é o que muitas pessoas estavam dizendo durante toda a turnê – as pessoas pareciam exaustas no palco. Ouça, você tem que aparecer preparado, cara. Esses ingressos não são gratuitos – eu sempre digo isso – e nós estávamos indo para alguns países que as pessoas não ganham muito dinheiro, como na Rússia, suponho, em certas cidades, e em certas cidades da América do Sul. Você tem que sair e dar cem por cento, e muitas pessoas foram dizendo o que você acabou de dizer – que algumas pessoas pareciam exaustas no palco. Eu sei que não estava, cara. Saí com as armas em punho, estava super empolgado por estar lá e trabalhei muito duro; coloquei cerca de um mês de ensaio , todos os dias, para se preparar para esse passeio.”
“Ouça, cara, coloque seu dinheiro em mim, pessoal. Eu venho para aparecer e dar cem por cento. Você vem aos meus shows, você vai ter uma performance que é cem por cento. Eu prometo isso.”
É certo que Marc Rizzo sempre se empenhou em fazer boas apresentações, demonstrando paixão para com a música e sua guitarra, e por muitas vezes, teve de cobrir a ausência das bases de Max que optava por somente cantar e, no máximo, manter a “mizona” ativa para manter o som grave aceso. Outra tática era a de compensar esse “vazio” com jams solo durante trechos dos shows.
A verdade é que Max virou banda de projetos e Sepultura está mais cadenciado em suas idéias e albuns!!!!!valeu