TEMA: DEATH METAL (POR STEPHAN GIULIANO)
Esse quadro foi criado para que nossos resenhistas, baseados em suas visões subjetivas, publiquem seus ranks TOP 10 de bandas, subgêneros ou de qualquer outro tema pertinente, argumentando e justificando suas escolhas.
Atenção, novamente, a análise é subjetiva e pessoal, portanto não existe nenhuma tentativa de atingir a verdade absoluta.
No entanto, o assunto de hoje, do TOP do Resenhista, é DEATH METAL:
10) INCANTATION – ONWARD TO GOLGOTHA (1992)
Assim que, conheci o som desses americanos ao mesmo tempo em que descobri o trabalho de seus compatriotas do Immolation.
E logo após o primeiro aprendizado houve a consolidação de uma ideia, ou seja, a de que a desgraça deveria comandar as linhas sonoras a serem ouvidas.
No entanto, é um acontecimento sem volta e você só sairá desse feitiço se o Metal não estiver intrínseco em sua alma. “Golgotha” e “Rotting Spiritual Embodiment” transformam vidas opacas em gritos de liberdade flamejantes, cortesia do cavaleiro desalmado John McEntee e seus destemidos asseclas.
9) HYPOCRISY – PENETRALIA (1992)
Analisando a era de ouro de Peter Tägtgren e seus guerreiros do espaço sideral, considero como favorito o esplêndido “Penetralia”, debut dos representantes de Ludvika, Dalarna. A obra sueca é capaz de fazer a patroa chorar de emoção com cada canção. E logo em seu início temos um sábio e certeiro trocadilho com “Impotent God”, mas nunca irá parar por aí, já que o álbum te prende a ouvir todo o tracklist sem pular nenhuma faixa, o que seria uma gigantesca blasfêmia.
8) DISMEMBER – LIKE AN EVERFLOWING STREAM (1991)
Esse é daqueles discos que você pode até por vezes esquecer seu nome, mas jamais acontecerá isso com sua histórica capa. Disco emblemático de uma banda que passou por diversas idas e vindas, e que ajudou a definir a Suécia como um dos grandes centros da música extrema mundial, além de sua própria capital, Estocolmo. O arsenal de maldade sonora conta com turbilhões como “Override Of The Overture” e “Dismembered”, interpretados pelo brilhante Matti Kärki.
7) IMMOLATION – DAWN OF POSSESSION (1992)
Não foi o primeiro álbum deles que eu ouvi na vida. O primeiro foi o ótimo “Majesty And Decay”, mas a importância e soberania contida em “Dawn Of Possession” é sem igual. O clima, timbragem dos instrumentos e produção de época dão aquele toque especial e maquiavélico à esta inesquecível obra. É ligar o som e tomar uma surra logo de cara com “Into Everlasting Fire”, e isso é apenas o começo da jornada por aqui. Obrigatório chegar vivo até o fim do disco dos mestres Ross Dolan, Robert Vigna e aliados infernais.
6) DEICIDE – DEICIDE (1990)
O que dizer sobre o álbum de estreia da banda do folclórico Glen “Chico” Benton?
Meu primeiro contato com o som daquele que daria “adeus” aos 33 anos foi com o que eu considero como o seu ápice musical. O encantamento profano do “holograma invertido” possui hino demoníacos como “Lunatic Of God’s Creation”, “Dead By Dawn” e “Carnage In The Temple Of The Damned”, só para não citar todos os capítulos do ritual. A Flórida está eternamente em nossos corações sem vida.
5) ASPHYX – LAST ONE ON EARTH (1992)
Essa é umas das várias bandas que tive melhor conhecimento através do Mundo Metal. O Sinister era a base principal sobre o Metal holandês pra mim. Ao conhecer o poderoso Death/Doom do Asphyx, o favoritismo do país laranja só aumentou. E depois de percorrer por vezes a discografia dos caras, continuo a afirmar que “Last One On Earth” é o ápice da carreira da banda, embora possua uma discografia muito rica. Destaque para “Serenade In Lead”, “The Incarnation Of Lust” e “Streams Of Ancient Wisdom”, ambas vociferadas por Martin Van Drunen.
4) ENTOMBED – LEFT HAND PATH (1990)
Dono de uma das capas de disco mais fantásticas do Metal da morte, é também além de tudo um dos pilares do estilo e um dos melhores álbuns lançados na Suécia. “Leve a rã de patinete”, ou melhor, “Left Hand Path” possui todas as camadas que o troglodita deseja saber para urrar e ensurdecer a vizinhança mal assombrada, espantando o mal olhado musical com faixas do calibre de “Drowned” e “But Life Goes On”, só para tomar como exemplo de “desgraceira”.
Dedicado a Lars-Göran Petrov (R.I.P. 2021), a voz do sagrado “Left Hand Path”.
3) POSSESSED – SEVEN CHURCHES (1985)
Conhece a lenda de Nebulai? Se não conhece você também não sabe nada a respeito da criação de Jeff Becerra e seus cavaleiros moribundos do submundo. O mundo nunca mais foi o mesmo após o lançamento de “Seven Churches” e a consolidação do estilo se deu através da clássica faixa “Death Metal”. Se não por completo, mas contribuiu para formar o que conhecemos hoje pela mesma nomenclatura.
2) UNLEASHED – WHERE NO LIFE DWELLS (1991)
Johnny Hedlund ergueu o mjölnir e após o rompimento da tormenta, nasceu o Unleashed, que dele surgiu o espetacular artefato sonoro nomeado “Where No Life Dwells”. Beba água no chifre de búfalo do norte ao som de “Dead Forever” e “Before The Creation Of Time”, assim recebendo a força do outro plano para triunfar em mundo carnal. Discografia impecável e merecedora do destaque.
🥇 CAMPEÃO: DEATH – LEPROSY (1988)
Embora eu tenha conhecido o arsenal do saudoso mestre Chuck Schuldiner através do “Scream Bloody Gore” (1987), a começar pela faixa “Evil Dead”, foi com o este álbum seguinte que eu pude então, comprovar a força que o guerreiro da morte tinha junto ao seu trabalho no renomado Death. O álbum já abre com a faixa-título e incendeia o mapa astral de qualquer ser que se diz purificado. Outro destaque pode ficar por conta de “Left To Die”, já que além de ser outra grande faixa do disco, esta foi recentemente interpretada pelo Tribal Scream, na voz do excelente Vitor Rodrigues, show que conferi na íntegra e pude transcrever para as páginas do Mundo Metal.
E VOCÊ. QUAL É O SEU TOP 10 DE DEATH METAL? DEIXE NOS COMENTÁRIOS:
Redigido por: Stephan Giuliano
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