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Trinca De Ases : Accept – “Blood of The Nations”, “Stalingrad” e “Blind Rage”

Reprodução

Trinca de Ases: Accept, era Tornillo.

Desde o retorno do Accept em 2010, quando UDO Dirkschneider se negou a ocupar o posto de vocalista e o guitarrista Wolf Hoffmann precisou escolher o norte americano Mark Tornillo para assumir o comando vocal do grupo, os alemães lançaram uma sequência de registros absurdamente proveitosa e sem deslizes. Não posso deixar de associar a nossa série “Trinca de Ases”, desta vez em uma versão século XXI, para destacar os três primeiros trabalhos desta nova “era de ouro” da banda.

Accept Reprodução/divulgação

Sem florear e indo diretamente ao que interessa, a nossa trinca começa com:

“Blood Of The Nations” (2010)

Álbum de estréia do vocalista Mark Tornillo. O disco mostra um Accept totalmente renovado e cheio de inspiração, mas sem perder nenhuma de suas principais características do passado.

Trata-se de um retorno digno que imediatamente rendeu algumas composições que já podemos chamar de clássicas. “Teutonic Terror”, “Pandemic” e “No Shelter” se tornaram presença obrigatória nos shows desde então.

Outra que caiu nas graças dos fãs foi a porrada “Beat The Bastards”, com uma pegada extremamente direta e visceral. O registro ainda conta com outros momentos de grande relevância como em “The Abyss”, “Bucket Full Of Hate”, “Rolling Thunder” e a fantástica faixa-título.

Aliás, gostaria de ver a cara do ex-vocalista UDO, quando ouviu este álbum pela primeira vez…

“Stalingrad” (2012)

Após a excelente repercussão de “Blood Of The Nations”, os holofotes se voltaram novamente para o Accept e o anúncio de um novo trabalho gerou enormes expectativas como a muito tempo não ocorria.

O segundo registro depois do retorno, segue o mesmo padrão de composições de seu antecessor, porém com uma dose maior de peso. Novamente, algumas faixas se tornaram hinos e esta nova fase passou a ser conhecida por sua imediata aceitação por parte dos novos e velhos fãs do grupo.

Faixas como “Stalingrad”, “Shadow Soldiers” e “Hellfire” provaram ser verdadeiras “arrasa-quarteirões”, mas o álbum ainda conta com as não menos brilhantes “Flash To Bang Time”, “Revolution”, “Hung, Draw And Quartered” e “The Quick And The Dead”.

Se alguém ainda tinha dúvidas, com o lançamento de “Stalingrad” ficou tudo cristalino: o Accept estava de volta e em ótima fase!

“Blind Rage” (2014)

Tanto “Blood Of The Nations” quanto “Stalingrad” apresentaram a mesma fórmula e se deram muito bem. Confesso que fiquei com certo receio em ouvir um terceiro trabalho que contasse com a mesma receita.

Acontece que a mesma musicalidade de sempre pode ser explorada de maneiras diferentes e, venhamos e convenhamos, o guitarrista Wolf Hoffmann é um exímio compositor e sabe melhor do que ninguém explorar as características da banda.

Na época de seu lançamento, muitos fãs foram ouvir “Blind Rage” cheios de ressalvas e isso acabou sendo ótimo. As audição se tornaram ainda mais minuciosas que o de costume e o resultado foi simplesmente agregador. Fomos todos obrigados a nos render a este MARAVILHOSO ‘mais do mesmo’ executado com tamanha competência.

As faixas de maior destaque aqui foram “Stampede”, “Dying Breed”, “Fall Of The Empire” e “Final Journey”.

Trinca de Ases do Accept após seu retorno triunfal

Nesta época em que o Accept apresentou suas três obras depois do retorno, não me lembro de alguma outra banda já consagrada ter lançado 3 trabalhos tão inquestionáveis e em sequência. Mais do que isso, os alemães geraram novos clássicos que foram muito bem recebidos pelo público.

Nesta trinca, podemos recorrer sem timidez ao chavão, é o “Accept sendo Accept”. Com muita inspiração e total soberania na arte de se fazer Heavy Metal de qualidade. Certamente, uma das mais relevantes do Metal tradicional na atualidade.

Redigido por: Fabio Reis

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