Ícone do site Mundo Metal

Vale a pena ouvir de novo!: Imago Mortis – “Tales From The Shadow Gallery” (1998)

Julho de 1998: estrelado por Bruce Willis e dirigido por Jerry Bruckheimer (Flashdance, Top Gun, Pearl Harbor, etc), Gale Ann Hurd (The Terminator, Aliens, Abyss, etc) e Michael Bay (The Rock, Bad Boys, Transformers, The Island, ect), chegava às telas “Armageddon”, longa metragem que bateu recorde de bilheterias ao redor do mundo (incluindo o Brasil).

Trazendo em sua trilha sonora nomes do Hard/Rock como Bon Jovi, Bob Seger, ZZ Top, Journey e Aerosmith, o álbum foi um grande sucesso de vendas alavancado pela canção “I Don’t Want To a A Miss Thing”, oficialmente tema do filme.

Considerado como uma das maiores baladas lançadas naquele ano e também um dos maiores hits do Aerosmith, o álbum contemplou a banda com diversos discos de ouro, 13 discos de platina e atingiu a 1a posição da US Billboard 200.

Julho de 1998: O quinteto paulista Angra lançava “Fireworks”, terceiro álbum da carreira e o último a contar com os vocais de Andre Matos.

Após sua saída, Matos juntaria forças com o guitarrista e produtor Sascha Paeth (ex Heavens Gate), dando vida ao Virgo, projeto que debutou em 2001 com seu álbum auto-intitulado.

Fireworks” marcou também as saídas de Luís Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria). Este, retornaria à banda em 2009, gravando “Aqua”, sétimo trabalho de estúdio lançado em 2010, deixando o posto pela segunda vez em 2014, substituído posteriormente por Bruno Valverde.

Enquanto isso, o quinteto carioca Imago Mortis lançava “Images From The Shadow Gallery”, excelente registro de estreia e certamente um dos melhores trabalhos do estilo Doom Metal.

Produzido por Carlos Lopes (Dorsal Atlântica), o álbum apresenta sete faixas inéditas, além de uma versão para “Deus Lhe Pague” de Chico Buarque, totalizando oito temas distribuídos em aproximadamente 46 minutos de duração.

Apresentando uma sonoridade densa e sombria, “Images From The Shadow Gallery” mergulha profundamente no chamado Heavy/Doom, apresentando uma qualidade musical excepcional em um disco onde escolher uma faixa em especial é praticamente uma missão impossível.

Desde sua abertura com a excelente “Bring Out Your Dead” até “Requiem”, faixa que fecha o disco, o ouvinte passeia por harmonias densas, profundas, trazendo consigo uma aura de tristeza envolta em melodias carregadas de melancolia.

Além das citadas sonoridades e harmonias, é preciso enaltecer os trabalhos excepcionais de Fabricio Lopes (guitarras), Fábio Barreto (baixo), Flávio Duarte (bateria), Alex Guimarães (teclados) e Fernando Sierpe (vocais), exímios músicos responsáveis por um dos melhores discos de Doom Metal composto e lançado por uma banda brasileira.

Divulgação / IMAGO MORTIS

Além da produção, Carlos Lopes também aparece como convidado especial na faixa “Res Cogitans”, ao lado de Andrea Palmieri (Scars Souls) responsável pelos vocais (excelentes) na faixa “Empty Cradle”.

Mais que um trabalho voltado ao Heavy/Doom, Imago Mortis pode se orgulhar de ter lançado um registro composto por temas e letras inteligentes, além da qualidade musical, que mesmo após longos anos, continua perfeita.

Aos amantes de Heavy/Doom Metal… Vale a pena ouvir de novo.

Integrantes:

Faixas:

Bonus track:

Redigido por: Geovani “Reumatismo Crônico” Vieira

Sair da versão mobile