Vale à pena ouvir de novo: Running Wild – “Gates to Purgatory” (1984)

Breve Histórico:

Formado em 1976, na cidade de Hamburgo, Alemanha, o Granite Hearts foi uma banda de Heavy/Speed/Power Metal formada inicialmente por Rolf Kasparek, Michael Hoffmann, Jörg Schwarz e Uwe Bending.

Sem nenhum material gravado oficialmente, porém já desfrutando de um certo prestígio, o grupo mudaria anos mais tarde seu nome, passando a se chamar Running Wild. Esta mudança aconteceu em 1979, após os músicos ouvirem o álbum “Killing Machine”, 5º da carreira do Judas Priest, lançado em outubro de 1978, e nele a canção que inspirou Kasparek a mudar o nome de sua banda em definitivo.

Novo nome:

Após trocas de integrantes e com um novo nome, o grupo lança de forma independente, em 1981, sua primeira demo tape, contendo três faixas.

No período que vai de 1981 a 1984, o grupo editou quatro demos, dois splits, uma compilação, além do EP “Victim Of States Power”, editado meses antes do lançamento do debut.

Finalmente no dia 26 de dezembro de 1984, o quarteto formado pelo guitarrista e vocalista Rock’n’Rolf (Rolf Kasparek), o guitarrista Preacher (Gerard Warnecke), o baixista Stephan (Stephan Boriss) e o baterista Hasche (Wolfgang Hagemann), lança o excelente “Gates To Purgatory”, álbum oficial de estreia.

Contendo 08 faixas que se dividem entre o Lado A e Lado B (quatro delas em cada lado), o álbum obteve excelente repercussão dentro e fora da Alemanha, garantido a banda o reconhecimento no cenário underground da época.

Vale lembrar que ao lançar “Gates To Purgatory” já havia sido assinado um contrato com a Noise Records, gravadora que se interessou pelo grupo após lançarem “Bones to Ashes” e “Iron Heads”, faixas presentes na coletânea “Death Metal”, editada em outubro de 1984. Aqui a banda dividiu espaço com os grupos Hellhammer, Helloween e os também alemães do Dark Avenger (não confundir com a banda brasileira de mesmo nome).

O ano seguinte, 1985, trouxe bons frutos ao quarteto alemão que viu nascer de seu álbum de estreia o primeiro clássico da banda, a canção “Prisoner Of Our Time”.

Os shows de divulgação e as pequenas turnês também aconteciam e, em 14 de setembro de 1985, a banda foi uma das atrações do Metalhammer Festival.

O show aconteceu em Loreley, Alemanha, onde eles dividiram o palco com grupos de renomes como Warlock, Nazareth, Venom, Tyran Pace e Metallica.

Mais que um disco de estreia, “Gates To Purgatory” integra uma seleta lista de discos relevantes na história do Heavy Metal.

Aos amantes do bom e velho Heavy Metal… Vale a Pena Ouvir de Novo.

Algumas curiosidades sobre banda:

• *Em abril de 1985, o grupo realizou um show de divulgação do álbum. A apresentação aconteceu em Bochum na Alemanha, resultando em um bootleg para os fãs.
• *Após grande repercussão de “Gates To Purgatory”, a dupla responsável pelas composições Rolf & Preacher se desentendeu. Resultado: Preacher abandoa o barco sob fortes acusações de que Rolf estaria agindo tal qual um ditador.
• *Em abril de 2009, Kasparek anunciou que o Running Wild estava encerrando as atividades. Foi realizado o show de despedida em 30 de julho do mesmo ano no Wacken Open Air.
• *Dois anos mais tarde, em 2011, o site oficial da banda publicou informações de que o Running Wild estava reformulado e de volta às atividades. Desta vez, sem longas turnês, e que a banda se apresentaria em alguns shows de verão, algumas datas específicas, e em alguns grandes festivais, principalmente em território alemão.
• *Após seu retorno, foram lançados quatro discos de inéditas: “Shadowmaker” (2012), “Resilient” (2013), “Rapid Foray” (2016) e “Blood On Blood”, este último em 29 de outubro de 2021.

Integrantes:

• Rock’n Rolf (vocal, guitarra)
• Preacher (guitarra, vocal)
• Stephan (baixo)
• Hasche (bateria)

Faixas:

• 1.Victim of States Power
• 2.Black Demon
• 3.Preacher
• 4.Soldiers of Hell
• 5.Diabolic Force
• 6.Adrian S.O.S.
• 7.Genghis Khan
• 8.Prisoner of Our Time

Redigido por: Geovani “Dançarino de Chuveiro” Vieira