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Vale a pena ouvir de novo: Sepultura – “Arise” (1991)

Maio de 1991: Os americanos do Morbid Angel lançam o excelente “Blessed Are The Sick”, segundo álbum de sua carreira e um dos discos aclamados pelos fãs de Death Metal, considerado por muitos como a “obra prima” do quarteto.

Contendo 13 faixas, sendo 4 delas instrumentais, o disco apresenta uma sonoridade mais lenta comparado ao debut e apresenta três faixas extraídas da demo “Abominations Of Desolation”, gravada originalmente em 1986.

O guitarrista Trey Azagthoth dedicaria este álbum ao compositor alemão Wolfgang Amadeus Mozart.

Setembro de 1991: O quinteto sueco Europe lançava o controverso “Prisoners In Paradise”, quinto trabalho que dividiu opiniões entre os fãs de Hard Rock, visto que os discos anteriores “The Final Countdown” e “Out Of This World” elevaram a banda ao hall das grandes bandas do estilo.

Apesar de não obter o mesmo sucesso, embora suas músicas sejam excelentes, o disco fez bonito em países como: Alemanha, Áustria, Japão, Holanda, Noruega, Reino Unido, Suécia e Reino Unido, graças ao sucesso dos singles “I’ll Cry For You”, “Halfway to Heaven” e a faixa título. Sem dúvida uma das melhores do álbum.

Enquanto isso, os brasileiros do Sepultura lançavam “Arise”, quarto disco de sua discografia e um dos melhores discos do quarteto.

Produzido por Scott Burns (Cannibal Corpse, Death, Napalm Death, Terrorizer, etc) e gravado no Morrisound Studios, na Flórida, o álbum apresenta 9 faixas inéditas voltadas ao Thrash, flertando também com o Death Metal em alguns momentos.

Reprodução / Facebook / Sepultura

Bem recebido, “Arise” recebeu disco de ouro na Indonésia, destacando-se também nas páginas da Kerrang, Hard Rock e Metal Forces, Melody Maker e New Music Express, revistas especializadas em Heavy Metal, que o consideraram como o melhor disco do quarteto, opinião esta que coincide também com os fãs mais antigos da banda.

A turnê de divulgação foi a maior até aquele momento, passando por 39 países entre os anos de 1991 e 1992, ultrapassando a marca de mais de 220 shows.

Ao final da turnê, as vendagens apresentavam números relevantes e importantes, contemplando a banda com disco de platina, além de sua inclusão no livro “1001 Albums You Must Hear Before You Die” (1001 discos que você precisa ouvir antes de morrer). E também no livro “500 Heavy Metal Albums All The Time” (500 discos de Heavy Metal de todos os tempos).

A excelente repercussão (e aceitação) de “Arise” fez com que a banda participasse da 2ª edição do Rock In Rio, realizada em 1991, onde tocaram para um público de aproximadamente 70 mil pessoas.

Ainda sobre as turnês: Entre 1991 e 1992, o grupo dividiu o palco com nomes como: Morbid Angel, Sadus, Napalm Death, Sick Of It All, Ministry, Helmet, Sacred Reich, Heathen, Motorhead, Ozzy Osbourne, Obituary, etc.

Graças aos singles/clipes de “Arise”, “Dead Embryonic Cells” e “Under Siege (Regnum Irae), o grupo despontou na MTV, cujos clipes obtiveram grande repercussão.
Algumas revistas se renderam ao impacto fulminante de “Arise”, tecendo elogios e mostrando que os brasileiros não estavam pra brincadeira.

Em uma matéria da New Music Express, um dos seus jornalistas escreveu:

“Sepultura é uma banda de metal brasileira que parece estar em vias de ficar grande. maior talvez que o Slayer, seus únicos e verdadeiros rivais.”


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Seguindo a mesma linha de raciocínio, a revista alemã “Thrash”, elegeu o Sepultura como “A melhor banda do mundo”. Despontando na frente de nomes de peso como Metallica e o já mencionado, Slayer.

Ainda sobre a repercussão positiva: O site About.com, através do jornalista Dan Marsicano, colocou “Arise” em 1º lugar na lista de melhores álbuns do Sepultura, o qual o considera o ‘Magnus Opus’ da banda, onde todas as peças se juntam perfeitamente.

A qualidade e a musicalidade excelentes do disco garantiram a 119ª posição da Billboard Americana.

Um ano após seu lançamento, “Arise” foi disco de ouro pelas vendas superiores a 25 mil cópias na Indonésia, e em 1993, as vendas ultrapassaram a marca de 1 milhão de cópias em todo o mundo.

Reprodução / Facebook / Sepultura

Em 2001, o grupo foi contemplado com disco de ouro no Reino Unido, pelas vendas superiores a 60 mil cópias.

Sobre os trinta anos de seu lançamento, o guitarrista Andreas Kisser disse o seguinte:

“O Arise foi o disco dos sonhos, porque tivemos todas as condições que sempre sonhamos em ter. Foi o primeiro disco que tivemos total liberdade e confiança da gravadora para fazermos o que a gente estava afim, e isso só foi possível por causa do impacto positivo do ‘Beneath the Remains’.”

“Gravamos no estúdio Morrisound, na Flórida, que era a meca do Death Metal, e pudemos fazer tudo como queríamos: o encarte que queríamos, com as fotos que escolhemos, com as letras nos encartes. E foi a primeira vez que introduzimos o ‘S’ tribal que virou o logotipo da banda em diversas ocasiões. A capa também foi feita exclusivamente para nós pelo Michael Whelan.”

Resenha do Mundo Metal para “Arise”, confira:

Algumas observações acerca do disco:

Aos amantes do bom e velho Thrash Metal… Vale a pena ouvir de novo.

Integrantes:

Faixas:

Faixa Bônus (versão brasileira/européia)

Relançamento 1997

Redigido por: Geovani “Gigio Tadeu” Vieira

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