Ícone do site Mundo Metal

Vale a pena ouvir de novo!: Sepultura – “Beneath The Remains” (1989)

Março de 1989:

Em março de 1989, logo depois de anteciparem os singles “Status Seeker” e “Afterlife”, os americanos do Dream Theater lançavam “When Dreams And Day Unite”, álbum de estreia de sua longa discografia.

Contendo 08 faixas inéditas distribuídas em pouco mais de 50 minutos, o disco é o único a contar com o vocalista Charlie Dominici, substituto de Chris Collins, vocalista original, já que ele não se adaptou ao estilo praticado pela banda.

Porém, a estadia de Dominici não foi tão longa, por isso o mesmo deixaria a banda após o lançamento do debut, sendo substituído por James Labrie, na época vocalista da banda de Hard Rock, Winter Rose.

Bem aceito, o álbum foi um grande sucesso comercial na rádios (na época), possibilitando, dessa forma, grande reconhecimento dos fãs que lotaram os primeiros shows do quinteto em pequenas casas de shows e clubes.

Outubro de 1989:

Após o multiplatinado “Crazy Nights”, o quarteto americano Kiss lançava “Hot In Shade”, décimo quinto álbum de sua longa carreira.

O disco é o primeiro desde “Music From the Elder”, onde outros integrantes que não fossem Paul Stanley e Gene Simmons faziam os vocais. Pois aqui, Eric Carr (baterista) assumiria os vocais da faixa “Little Caesar”.

Diferente de seu antecessor, o disco não apresenta teclados. Além disso, inclui o maior sucesso da banda de sua fase sem maquiagem, “Forever”, canção co-escrita por Stanley e Michael Bolton. A parceria entre ambos fez com que a faixa atingisse a 8a posição da Billboard Hot 100 americana e a 29a posição da US BIllboard 200.

Sepultura – “Beneath The Remains”

Enquanto isso, os brasileiros do Sepultura lançavam “Beneath The Remains”, terceiro e excelente álbum da carreira, e um dos discos cultuados pelos fãs mais antigos do quarteto.

Produzido por Scott Burns (Cannibal Corpse, Atheist, Death, Obituary, Master, Monstrosity, Malevolent Creation, Deicide, etc), o disco apresenta 09 faixas inéditas, divididas em aproximadamente 43 minutos de duração.

Reprodução / Facebook / SEPULTURA

Gravado no Nas Nuvens Studio, Rio De Janeiro, em dezembro de 1988, o disco foi mixado no famoso Morrisound Studios em Tampa, Flórida, em janeiro de 1989, e masterizado no Fullersound em Miami, na Flórida.

Catapultado pelo sucesso de “Inner Self”, single que ganhou videoclipe, o álbum atingiu a 9a posição na UK Indie Charts, figurando da mesma forma nas paradas da Alemanha (96 a posição), Hungria (22a) e 3a posição na Croácia.

Na lista de convidados especiais, a presença de John Tardy (Obituary), Kelly Shaeter (Atheist), Scott Latour (Incubus), Francis Howard (Incubus), assim como Henrique Portugal (Skank).

*Curiosidade: originalmente a arte que estamparia o disco não era esta a qual conhecemos. A banda tinha a intenção de usar outra capa desenhada por Michael Whelan, no entanto a Roadrunner, gravadora do grupo convenceu os músicos a mudar a arte do disco. De acordo com eles, essa “era mais adequada” para “Beneath The Remains”.

Meses depois, Monte Conner, produtor executivo da Roadrunner, presenteou os americanos do Obituary com a arte original que foi usada no álbum “Cause Of Death”, lançado pelos americanos em setembro de 1990.

Reprodução / Facebook / SEPULTURA

Posteriormente, Igor Cavalera, baterista do Sepultura, não fez questão de esconder seu descontentamento e sua chateação com a atitude imbecil de Conner.

Relançamento

Em 1997, o disco ganhou relançamento remasterizado contendo três faixas bônus, dentre elas uma versão para “A hora e a Vez do Cabelo Nascer”, música originalmente gravada pelos Mutantes.

A versão feita pelo quarteto integra o disco “Sanguinho Novo… Arnaldo Baptista Revisitado”, tributo aos Mutantes lançado em 1989.

Aos amantes do bom e velho Thrash Metal: vale a pena ouvir de novo.

Embora creditado no encarte como baixista, Paulo Jr não gravou as linhas de contrabaixo no álbum, ficando as mesmas sob a responsabilidade de Andreas Kisser (guitarras).

Integrantes:

Faixas:

Sair da versão mobile