Wolf Hoffmann, guitarrista do Accept, é o Blackmore do Heavy Metal. Você concorda comigo?
Nascido em 10 de dezembro de 1959, na cidade de Mainz, na Alemanha, o guitarrista e compositor, Wolf Hoffmann, é conhecido por seu trabalho como membro da banda de Heavy Metal, Accept, desde 1976. Wolf é o autor de clássicos imortais, que podem ser classificados como Hard Rock, Speed e Heavy Metal. Seu estilo de tocar impressiona pelos riffs e solos melódicos. “Fast As A Shark”, “London Leatherboys”, “Metal Heart”, “Teutonic Terror”, “Stalingrad”, “Shadows Soldiers”, “Stampede” e “The Undertaker” são alguns dos melhores exemplos de sua grandeza como instrumentista.
E por que seria Wolf Hoffmann o Ritchie Blackmore do Heavy Metal?
Para que eu responda essa pergunta, tenho que falar um pouco das minhas raízes como fã de música pesada. Meu primeiro álbum de Hard Rock foi o “Machine Head”, sexto disco do Deep Purple, lançado em 1972.
Logo após as primeiras vezes que eu ouvi aquelas sete faixas perfeitas, já me tornei um fanático por Deep Purple e, principalmente, por Ritchie Blackmore. Na sequência, fui descobrindo “In Rock”, “Burn”, Fireball”, “Perfect Strangers”, “Stormbringer” e me tornando um verdadeiro doente pelo maravilhoso quinteto britânico.
Mais descobertas
Depois descobri que o hiato do Deep Purple, que durou de 1976 a 1984, gerou outras bandas que conheci e amo muito até hoje: Whitesnake e Rainbow. Whitesnake é projeto do vocalista David Coverdale, da Mark III do Purple, enquanto Rainbow foi, e recentemente voltou a ser, a personificação musical de Blackmore. Conheci os três discos com Ronnie James Dio, o solitário álbum com Graham Bonnet e os três discos mais comerciais com Joe Lynn Turner.
Tanto no Deep Purple, Quanto no Rainbow
Pois, tanto no Deep Purple, Quanto no Rainbow, os solos de Blackmore sempre tiveram influências de Blues, Rock e música erudita. Aliás, ele sempre explicitou essa sua adoração pela mescla desses estilos. Talvez o melhor exemplo que me ocorra agora, seja “Difficult To Cure”, tema instrumental do Rainbow, no qual ele “brinca” com a Nona Sinfonia de Bethoveen.
Vamos voltar a Wolf Hoffmann
Qualquer um que, como eu, tenha acompanhado a sonoridade produzida por Ritchie Blackmore em sua carreira, sabe que ela influenciou, e muito, toda a criação de Wolf Hoffmann. Confesso que eu havia percebido isso no passado, mas que de uns anos para cá, esse fato ficou ainda mais nítido.
A primeira canção que cito para demonstrar tal afirmação é a faixa título do álbum “Metal Heart”, lançado em 1985. Em seu solo, inclusive, Wolf intercala “Para Elisa” de Bethoveen.
“Shadow Soldiers”
Ao propósito, há outras duas canções no álbum “Stalingrad” de 2012, a faixa título e “Shadow Soldiers”. A primeira se assemelha mais uma vez a Blackmore quando o mesmo intercala canções eruditas em seus solos.
Por outro lado, “Shadow Soldiers” tem os solos com influências de Blues+Erudito a la Ritchie, além dos riffs que lembrar a fase oitentista do genioso guitarrista inglês, no Rainbow e no Deep Purple. No entanto, basta que se ouça “Makin’ Love” do Rainbow e se compare a semelhança dos estilos de riffs.
Ademais, a faixa de abertura do “Blind Rage” de 2014, “Stampede”, tem um desses solos que a melodia jamais deixa a mente e que faz arrepiar da cabeça aos pés.
Quando assisti ao show do Accept em 2016 e vi a plateia o entoando, lembrei que acontecia o mesmo com o solo de “Highway Star” nos shows do Deep Purple, um dos quais, eu tive o prazer de presenciar em 1991.
Ritchie Blackmore e Wolf Hoffmann estão na lista dos meus guitarristas favoritos de todos os quais ouço, porém, um dos gênios pertence ao Hard Rock clássico e outro é cria do Heavy Metal tradicional, porém ambos tocam com a mesma alma e isso me conquista a cada nova audição.
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
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