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Álbuns Injustiçados: Mortification – Mortification (1991)

Antes que vocês me xinguem e falem um monte de groselhas sobre a postagem, peço que assistam um vídeo clicando aqui.



Explicamos perfeitamente sobre o que é e como surgiu esse “estilo” conhecido como White Metal. E como vocês já perceberam, aqui no Mundo Metal, não temos essas frescuras dos malvados de plantão, as análises são sempre visando a música e não o tema. Então embarcando no controverso ‘White metal’, o resenhista que menos se importa com a opinião alheia (eu), decidiu escrever sobre o maravilhoso mundo do Death Metal, só que com uma temática mais cristã. Eu falo do ótimo debut do Mortification.

“Pô Yurian, mas uma Death Metal que fala da bíblia?” Sim. Se não lhe agrada, peço que se encaminhe a outras postagens, temos centenas de resenhas e artigos sobre outras bandas, certamente, uma irá lhe agradar. Agora se você não se importa, ou ficará aqui ao menos para terminar de ler o que tenho a escrever sobre o disco, já digo que o álbum homônimo da banda é um clássico Death Metal que deixa muitas bandas grandes com inveja. Em 1990, Steve Rowe (vocal e baixo) se junta com Jayson Sherlock (bateria) e Michael Carlisle (guitarra) e em menos de um ano eles lançam o primeiro disco da banda, que sinceramente, é uma pedrada de alta qualidade para nossos ouvidos. Você ouvirá aqui um Death metal sem frescura, direto, conciso, rápido e brutal. Os riffs old school unidos a uma cozinha rápida e um vocal apodrecido criam uma atmosfera perfeita para as 11 composições .

“Until the End” abre o disco com cavalgadas distorcidas, um baixo pesado e ótimo e uma cozinha rápida. Para aqueles que nunca ouviram o vocal de Rowe, você pode se assustar um pouco. Literalmente, neste disco a voz dele parece que foi apodrecida e maturada num bom e velho litro de álcool, no melhor estilo Paul Speckmann (Master) ou John Walker (Cancer). As nuances entre uma ponte e outra da composição são magnificas e cortam exatamente no ponto exato dando mais peso ainda ao som. Em “Brutal Warfare” as bases têm um toque de Thrash combinados com a sujeira da veia principal da banda. O baixo de Rowe é simples, pesado e efetivo, completando ainda mais a cozinha pesada da faixa. Na sequência vem a introdução mais cadenciada de “Bathed In Blood”, mas se você acha que ouvirá aquele som mais calminho, sinto lhe informar que aqui não tem isso. Com 40 segundos a bateria já acelera, e os riffs entrecortados de Sherlock e Rowe invadem o ambiente. O solo simples e sem frescura também chamam a atenção para a composição, direto, conciso e no estilo que qualquer banda de Death/Thrash tem que fazer. Agora sim vem a cadencia e a densidade de “Satan’s Doom”, uma faixa pesada, obscura e cadenciada, com vocais grotescos e muita atmosfera old school. Uma faixa perfeita e que fará você banguear muito. “Turn” é aquela composição rápida de duração, são 34 segundos de pura brutalidade e berros, coisa que qualquer fã do estilo gosta!



Na segunda metade do disco, ouvimos a pesadíssima e acelerada “No Return”, uma composição que agradará seus ouvidos de uma forma majestosa. Contendo todo suprassumo do estilo, os guturais de Rowe são cadavéricos e acompanham perfeitamente o andamento da faixa. Continuando a audição, temos uma canção rápida e com uma boa influência de Thrash, a ótima “Break The Curse”. Com bases diretas e cozinha contagiante, a música facilmente pode ser a sua favorita do lançamento, assim como é a minha. Seguindo a formula das bases cavalgadas e sem muitas frescuras, “New Awakening” cumpre seu papel de manter viva as raízes do bom e velho Death Metal sujo. Ao contrário da anterior, “The Destroyer Beholds” apresenta um som mais cadenciado e com bases rifadas e um refrão básico, mas eficiente “The Destroyer Beholds! The Destroyer Beholds! ”. Algumas passagens na faixa são mais aceleradas e mostram que se souber encaixar bem, o som não fica sincopado demais e nem confuso. “Journey of Reconciliation” talvez seja a faixa que menos me agradou no disco em comparação as outras brutalidades apresentadas, o andamento mais lento de boa parte da música não me empolgou tanto. E quando as bases aceleram e o ritmo fica mais rápido e agressivo, em pouco tempo o andamento muda e volta para a tranquilidade inicial da música. Mas em compensação, “The Majestic Infiltration of Order”, mais conhecida como “God Rulez”, é uma pancada de velocidade e brutalidade no ouvido. Riffs rápidos, cozinha brutal, grunhidos pesados, dão ao 1 minuto de música todo vigor que uma banda do estilo precisa e encerra o disco com aquele gostinho de quero mais.

Quando você passa a deixar de lado os seus preconceitos e aceita as visões mais diferentes da suas, e passa a analisar o todo e não apenas um ponto de vista, você além de se tornar uma pessoa melhor, você aprende a valorizar o que se tem de bom do outro lado da moeda. Infelizmente, o preconceito com o Mortification (e muitas outras bandas) fez com que seu disco fosse como que apagado da história, um grande erro, pois esse é um compacto e tanto.

Nota: 8,9

Integrantes:

  • Steve Rowe (vocais e baixo)
  • Jayson Sherlock (bateria)
  • Michael Carlisle (guitarra)

Faixas:

  1. Until the End
  2. Brutal Warfare
  3. Bathed in Blood
  4. Satan’s Doom
  5. Turn
  6. No Return
  7. Break the Curse
  8. New Awakening
  9. The Destroyer Beholds
  10. Journey of Reconciliation
  11. The Majestic Infiltration of Order

Redigido por Yurian ‘Dollynho’ Paiva

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