Podemos afirmar que a turnê solo de Bruce Dickinson tem sido um sucesso. E é claro que muito tem se falado sobre a escolha acertada das faixas que tem sido tocadas ao vivo.
É bom que se entenda que o público que paga par assistir ao show solo de Bruce não é necessariamente o mesmo público do Maiden. E isso acontece por que a carreira solo do cantor possui vários discos experimentais e outros cheios de um DNA muito forte que nada ou quase nada faz menção a sonoridade clássica da velha donzela.
Na escolha do setlist, Bruce foi muito feliz ao colocar canções de quase todas as fases de sua carreira. Há faixas de “Balls To Picasso”, “Accident Of Birth”, “Chemical Wedding”, “Tyranny Of Souls” e, obviamente, do mais novo trabalho, “The Mandrake Project”.

Em uma nova entrevista concedida a rádio Kiss FM, Bruce revelou que pretende acrescentar e experimentar mais canções nos próximos shows e ainda contou que não se trata de uma turnê com set fixo como o Iron Maiden costuma fazer. Veja o que ele disse:
“Oh, uau. Bem, estamos nos divertindo muito no palco. É incrível tocar com músicos que têm menos da metade da minha idade.
Portanto, a energia e o entusiasmo acabaram nos fazendo subir alguns degraus. Quero dizer, estamos aprendendo novas músicas, e simplesmente as colocamos no set e dizemos, ‘sim, vamos tocar essa hoje à noite’.
Considerando que muitas bandas têm um grande show com fogos de artifício e monstros e etc, como o Maiden, por exemplo, nesse caso não se muda o set todas as noites. Mas com esse meu projeto, nós mudamos.
As pessoas que estão vindo para ver o show de Curitiba e o pessoal na próxima noite em Porto Alegre, vai ser um show diferente. E é interessante para nós, nos mantém atentos musicalmente.
Sobre a primeira vez no Brasil, quando gravei meu disco ao vivo, tenho algumas coisas para colocar nas telões sobre isso, então acho que teremos telões atrás de nós. E então desenvolvi um monte de material, parte dele bem propício para o final do show, sabe, não tocamos com um código de tempo ou uma faixa de clique, não usamos fitas pré gravadas, fitas de apoio e toda essa porcaria, na verdade somos músicos que tocam músicas reais, então se estamos animados, tocamos um pouco mais rápido.
Então olhamos um para o outro e pensamos: ‘devemos parar agora?’, ‘Sim. Ok. Um, dois, três, quatro e boom, paramos’. Ou ‘devemos começar agora? ok, um, dois, três e boom, vamos nessa!’.
Nós nos olhamos e tocamos coisas para nós mesmos, sabe, materiais old school. E do jeito que o palco é, eu o projetei para que seja deliberadamente diferente do padrão normal, onde não se trata apenas de ter uma bateria enorme bem no meio. Bem, nós temos uma bateria bem grande, mas ela pode ser pesada e pode ser bonita também. Tocamos ‘Navigate The Seas Of The Sun’, o que nos chocou quando a tocamos pela primeira vez foi porque nunca a tocamos antes, eu nunca toquei essa música ao vivo antes.
Já fiz isso três vezes e cada vez fiquei chocado com a reação. É uma reação realmente emocional a essa música. É muito bonito isso.”
Show de bola, valeu!!!!