O documentário “America’s Deadliest Concert: The Guest List” estreará neste domingo na Reelz e contará a história do concerto do Great White que deixou mais de cem mortos e deixou outras centenas de pessoas feridas em decorrência de um incêndio causado por pirotecnia no palco.
O vocalista do Twisted Sister, Dee Snider saiu em defesa do Great White em uma nova entrevista concedida ao programa de rádio Bayou 95.7. O vocalista conhecido por não ter papas na língua, disparou:
“É difícil lembrar ou rever aquilo, cem pessoas morreram queimadas e mais de duzentas ficaram feridas, 65 crianças perderam um ou ambos os pais no incêndio da boate. O Great White estava tocando lá. E sim, o Great White, foi difamado. Sua pirotecnia incendiou o prédio e, errado ou certo, eles estão assumindo a culpa há muito tempo. Uma das coisas que eu gosto sobre este documentário, é que ele é muito completo e realmente permite que Jack Russell, ex-vocalista da banda e a pessoa cuja pirotecnia acendeu o incêndio mortal em 20 de fevereiro de 2003, fale. Eu me lembro de Jack de quando éramos jovens e nós excursionamos juntos no auge, e agora ele é um homem quebrado por dentro. E as pessoas podem acusá-lo com certa razão. Mas deixe-me dizer, foi estúpido, foi tolice detonar fogo em um clube pequeno? Sim. Foi malicioso? Não, e isso precisa ficar claro. Eles nunca, jamais machucariam intencionalmente qualquer um de seus fãs.”
Dee pondera sobre o por que do Great White não ter percebido o perigo que era usar aquela pirotecnia em um ambiente como aquele e explica todo o seu engajamento para que as famílias das vítimas recebessem ajuda:
“Depois do Twisted Sister, eu também tinha ido das arenas para os bares, assim como o Great White, e toquei na boate The Station”, você perde a noção do que usar e não usar, explicou ele. O DJ, que se chamava Doctor Metal, ele era esse tipo de garoto, e o que ele fez com o meu show é o que ele fez com o Great White, ele me apresentou e depois pulou da frente do palco para a frente da platéia e ficou agitando durante o show, porque ele era aquele cara local, aquele fã de Metal. E ele morreu no incêndio. Havia tantas pessoas. E pensar que essas mesmas pessoas que vieram me ver provavelmente estavam naquele dia para ver o Great White. Então, isso atingiu tantos pontos e eu me envolvi muito neste evento para ajudar aquelas pessoas. Troy Lucketta do Tesla e eu mesmo… Mas mais do que o dinheiro que levantamos naquela noite, houve o impasse com os advogados, os tribunais e as companhias de seguros, e isso rolou por uma década. E por causa da atenção que demos à situação dessas pessoas, 175 milhões de dólares finalmente foram investidos para ajudar essas pessoas. Mas a verdade é que as cicatrizes, literal e figurativamente, permanecem para aquela comunidade. É muito difícil.”
Sobre o nome do documentário, Dee explica:
“Chama-se ‘The Guest List’ porque Jack estava na cidade em um estúdio de tatuagem, fazendo uma tatuagem, e conheceu um monte de fãs e os colocou em sua lista de convidados pessoais. É uma honra ter um vocalista de uma banda que você gosta colocando você em sua lista de convidados. E no documentário, suas famílias estão falando sobre como seus irmãos, suas irmãs, suas esposas, seus amigos ligaram e disseram: ‘Eu conheci Jack Russell … Ele me colocou na lista vip’. Jack os colocou em uma lista que se transformou em uma lista de morte, veja esses nomes, eles morreram. Então é uma lembrança horrível, horrível mesmo. Mas certamente Jack estava fazendo algo de bom para os fãs e isso se transformou em uma terrível tragédia.”
Em dezembro de 2021, Jack Russel comentou:
“Levamos três anos filmando essa coisa. Quero dizer, foi muito tempo. Muitas filmagens, muitas mesmo. Mas é realmente emocionante. É realmente comovente, e é um filme lindamente filmado. Ele permite que você saiba como a música é bonita e como a música pode curar tudo, não importa o que as pessoas pensem. Há uma certa coisa na música que é muito curativa e ajudou muito as pessoas após o incêndio.”