“Sweet Freedom” é o sexto full lenght da banda britânica de Hard Rock, Uriah Heep.
Lançado no dia 3 de setembro de 1973, “Sweet Freedom” é o sexto álbum da banda britânica de Hard/Prog Rock, Uriah Heep, sendo o terceiro com seu line-up considerado o mais clássico.
Pode-se dizer também que as gravações realizadas no Château d’Hérouville na França fazem parte da segunda sessão da formação, pois, “Demons & Wizards”(1971) e “The Magician’s Birthday”(1972) são parte das mesmas sessões no estúdio londrino Lansdowne Studios, inclusive, há afirmações que os dois discos deveriam ter feito parte de um único álbum duplo. No entanto, antes de falarmos sobre as fantásticas canções que compõe “Sweet Freedom”, temos que falar da triste coincidência que acompanha a foto contida em sua capa.
Ao contrário das artes anteriores, essa contém a imagem da banda ambientada em uma bonita paisagem nas cores vermelha, preta e amarela, essa que está no que parece ser o sol atrás dos integrantes.Conversando entre amigos e admiradores do Uriah Heep, apelidamos de “A Maldição da Capa” a constatação que pode ser feita através da análise simples da foto.
Para quem ainda não sabe do que está sendo falado, vamos explicar:
Os músicos da esquerda para a direita são:

Gary Thain:
Nascido em 15 de maio de 1948, o baixista neozelandês Gary Mervin Thain morreu no dia 8 de dezembro de 1975, aos 27 anos, vítima de uma overdose de heroína. Anteriormente, ele já havia sofrido um grave choque elétrico em Dallas no Texas que quase o havia matado pouco tempo antes. Gary gravou 4 álbuns de estúdio com o Uriah Heep, entre eles, “Sweet Freedom”, além de dois live albums.
David Byron:
Nascido em 29 de janeiro de 1947 em Epping/Essex na Inglaterra, o vocalista David Garrick, David Byron como era conhecido, morreu no dia 28 de fevereiro de 1985 aos 38 anos, vítima de cirrose hepática. Ele gravou nove full lenghts com o Uriah Heep e mais dois live albums.
Lee Kerslake:
Conhecido também como “The Bear” (O Urso), o baterista/vocalista Lee Gary Kerslake nasceu no dia 16 de abril de 1947 em Bournemouth/Hampshire na Inglaterra, falecendo no dia 19 de setembro de 2020, aos 73 anos, vítima de câncer. Lee gravou um total de 29 registros com o Uriah Heep, isso inclui full lenghs, live albums, assim como DVDs.
Ken Hensley:
Nascido no dia 24 de agosto de 1945 na cidade de Plumstead/Londres na Inglaterra, o tecladista, guitarrista e vocalista Kenneth William David Hensley, que carinhosamente conhecemos como Ken Hensley, faleceu no dia 4 de novembro de 2020, aos 75 anos, de causas naturais em seu castelo em Alicante na Espanha. Hensley gravou com o Uriah Heep 13 full lenghts em um total de 24 registros oficiais.
Mick Box:
Nascido no dia 9 de junho de 1947 na cidade de Walthamstow na Inglaterra, o guitarrista Michael Frederick Box, nosso talentoso e simpático Mick Box, é o único membro fundador remanescente. Obviamente, Mick participou de todos os registros oficiais do Uriah Heep, estando com a banda desde 1967, ou seja, há 56 anos.
MICK É ÚLTIMO MEMBRO DA DIREITA NA FOTO DA CAPA DO SWEET FREEDOM E O ÚNICO QUE AINDA PERMANECE CONOSCO E ESPERAMOS QUE CONTINUE ASSIM POR MUITO TEMPO.
Explicando “A Maldição da Capa”:
Um a um, da esquerda para a direita, em ordem cronológica e de idade, os integrantes da formação clássica foram passando para o outro lado da existência. É claro que é somente uma coincidência que acabou parecendo um mau presságio, porém, não deixa de ser algo bem triste de se constatado.
AGORA VAMOS AS COMPOSIÇÕES MAGISTRAIS DO “SWEET FREEDOM”:
DREAMER:
A abertura do álbum fica por conta do Hard Rock que é a marca registrada do Uriah Heep, na qual a interpretação sempre incrível de David Byron não é capaz de ocultar o ritmo absurdamente gingado que Kerslake e Thain produzem na cozinha. Box e Hensley são igualmente geniais. Posteriormente, essa canção volta a aparecer em um trecho de “Dreams” do disco seguinte, “Wonderworld”.
STEALIN’:
O baixo de Gary Thain introduziu esse clássico que entrou no set list do quinteto para jamais sair até os dias atuais. Um show do Uriah Heep sem “Stealin’” é um equívoco, pois seu instrumental contagiante, e sua a letra bem humorada levam os fãs ao delírio.
“I made my break and a big mistake, stealing when I should have been buying.
I was stealing when I should have been buying,
I was stealing when I should have been buying.”

ONE DAY:
Embora não tenha se tornado um dos sucessos do disco, “One Day” é a minha favorita do “Sweet Freedom”, pois acho a produção dela arrepiante, além de ter uma letra fascinante. Todas as vezes que a escuto minha mente encara tudo de bom que aconteceu em minha existência e a esperança bate em minha porta.
“SWEET FREEDOM”:
A faixa título é a primeira mais voltada ao Prog/Rock e, logo de cara, a experiência psicodélica não poderia ser melhor. Tenho que ressaltar a melodia imposta pela linha de baixo de Gary Thain, pois é algo sublime. A cada nova audição, eu me dou conta de quão inigualável é Mr. Byron. Ainda que o vocal dele fosse metade do que é, já seria o suficiente. Ou seja, ele dobra o limite do necessário sempre soando magnificamente.
KEN HENSLEY E SEU TECLADO DEVERIAM SER ESTUDADOS PELA CIÊNCIA!
“IF I HAD THE TIME”
É impossível não me emocionar ouvindo “If I Had The Time”, pois ela é o suprassumo do Rock Progressivo dos anos 70. A emoção me leva a imaginar o que eu faria “se eu tivesse o TEMPO”. Bom, “Se Eu Tivesse o Tempo”, todos os integrantes do Uriah Heep ainda estariam entre nós, sempre nos deixando feliz com a paz que suas canções transmitem ao coração. Mas, infelizmente, eu não possuo o tempo, ninguém possui e isso tem lados muito tristes. Se eu parasse de chorar, seria mais fácil acabar de escrever essa resenha!
VAMOS LÁ, POIS PRECISAMOS SEGUIR EM FRENTE!
“SEVEN STARS”:
De volta ao mais puro Hard Rock, é impressionante o que fazem as vozes em “Seven Stars”. Byron parece brincar de cantar, pois o faz de maneira divina e acaba sendo um momento de descontração na prazerosa audição do álbum.
“The very reason I’m livin’
Is just for lovin’ you
And the seasons are changin’
Makin’ it all come true
‘Cause I had a dream
About seven stars
And the seven good things
That you are to me”
“CIRCUS”:
Eis aqui uma balada que flerta com Classic Rock do tipo que o Uriah Heep faz desde o seu debut. Há muitas músicas dessa mesma pegada nos discos anteriores. Só para exemplificar, poderíamos citar, “Tales”, “The Wizard”, “What Should Be Done”, “Lady In Black” e etc.
“PILGRIM”:
Não sei o porquê essa canção lembra “Salisbury” do disco de mesmo nome. Talvez provavelmente, seja por seu ritmo ou por mesclar Hard Rock com Prog no melhor estilo ocultista de ser do Uriah Heep. Muitas fãs do exuberante quinteto enxergam essa canção com o auge vocal de David Byron, no entanto, sinceramente, não sei o que dizer a respeito dessa afirmação, o que sei é que Byron impressiona muito, como sempre, e ele é um dos responsáveis por eu ser tão exigente com cantores de Rock/Metal. O senhor Garrick desenvolve uma nota de corte altíssima para avaliar outros vocalistas, devo dizer que é injustiça toma-lo como base. Enfim, não posso fazer nada se as minhas raízes sonoras foram de altíssimo nível.

PARABÉNS “SWEET FREEDOM” POR SUAS BODAS DE PRATA. ESPERO QUE AS FUTURAS GERAÇÕES TENHAM O PRAZER DE APRECIA-LO.
Nota: 9,5
Integrantes:
- Gary Thain (baixo, vocal) R.I.P
- David Byron (vocal) R.I.P
- Lee Kerslake (bateria, vocal) R.I.P
- Ken Hensley (teclado, órgão, guitarra, vocal) R.I.P
- MICK BOX (guitarra, vocal e simpatia)
Faixas:
- 1.Dreamer
- 2.Stelain’
- 3.One Day
- 4.Sweet Freedom
- 5.If I Had The Time
- 6.Seven Stars
- 7.Circus
- 8.Pilgrim
REDIGIDO POR: CRISTIANO “BIG HEAD” RUIZ
CONFIRA A RESENHA “ÁLBUNS QUE COMPLETAM 50 ANOS ‘LED ZEPPELIN – ‘HOUSE OF HOLY’”, ESCRITA POR: GEOVANI “PEREBENTO” VIEIRA:
Eu amo demais Sweet Freedom assim como o Uriah…
E a faixa Pilgrim me arrepia a cada audição, e ja foram dezenas!
Muito bom q os comentários não sejam via Face..não tenho e detesto face.
Faço minhas suas palavras. E me permito acrescer o meio ponto que faltou pra ser nota 10. Porque esse álbum do UH é uma obra-prima com o mais profundo DNA musical daquela formação, tão, tão, mas tão, gloriosa. E ressalto o qie vc frisou: One Day é a faixa mais linfa desse disco❣️