Em entrevista ao “The Metal Edge Podcast”, o ex-baterista do Dream Theater Mike Portnoy falou sobre seu envolvimento com o “Lost Not Forgotten Archives“. Esse lançamento é uma colaboração entre o Dream Theater e a gravadora InsideOut Music, onde é relançado o catálogo junto com novas faixas.
Ele contou:
“Antes de tudo, eu estava um trilhão por cento envolvido com os originais. Na verdade, esse era o meu projeto; era eu quem tinha os arquivos e reuni todos esses lançamentos com fotos dos meus arquivos e extensas notas do encarte. Então fui eu que juntei os bootlegs originais do Ytsejam – não sei – 15, 20 anos atrás. Então, havia cerca de 20 títulos que eu fiz naquela época. quando eles começaram a reeditá-los como sua nova série ‘Lost Not Forgotten’, eu não estava envolvido em nada; eles estavam fazendo tudo por conta própria. Mas eles estavam reutilizando muitos dos meus títulos Ytsejam originais. Então, sim, eu estava aparecendo em muitos deles, mas eu não estava envolvido com nenhuma das artes ou qualquer coisa assim. E isso meio que me chateou porque passei muito tempo nos originais, com as notas do encarte. As notas do encarte são muito importantes para que as pessoas tenham um contexto do que aconteceu por trás de todas essas demos ou shows ao vivo ou o que quer que seja. Então eu não estava envolvido nessas novas reedições. Mas então John Petrucci e eu começamos a trabalhar juntos em 2020. Eu toquei em seu álbum solo, e então ele, eu, Jordan Rudess (tecladista do DREAM THEATER) e Tony Levin, baixo, fizemos um terceiro álbum ‘LIQUID TENSION EXPERIMENT’. Então, uma vez que John e eu começamos a trabalhar juntos, inevitavelmente eu falei com ele: ‘Ei, cara, o que tá rolando? Por que as notas do encarte não estão mais lá? E notei algumas coisas erradas em alguns dos créditos daqueles que eles lançaram sem o meu envolvimento. Então ele disse, ‘Ei, se você não se importa em supervisionar alguns dos créditos e coisas assim’, apenas certificando-se de que tudo esteja correto, porque eu sou muito, muito chato sobre isso. Então, depois dos primeiros cinco ou seis lançamentos, John começou a me ligar para ter certeza de que pelo menos todas as informações estavam corretas. Infelizmente, eles ainda não estão usando minha arte ou encarte, mas essa é a prerrogativa deles. E então, quando me envolvi nesse nível, ele e o empresário da banda perguntaram se eu estaria disposto a contribuir com mais algumas coisas de meus arquivos. E eu fiquei, tipo, ‘Sabe, que diabos? Por que não?’ Há um monte de coisas em meus arquivos que é um desperdício para eles ficarem aqui na minha casa. Então eu contribuí com um monte de novos títulos. Tipo, eles acabaram de lançar nosso show no Madison Square Garden abrindo para o IRON MAIDEN; isso é novo. E há alguns outros que serão lançados em breve e que vieram de meus arquivos. Então, estou um pouco envolvido neste ponto. Não tanto quanto com os originais, mas o suficiente para dar a eles alguns novos títulos para adicionar à coleção.”
Questionado sobre sua aparição nesses lançamentos, ele diz:
“Obviamente, eu apareço em todos os títulos originais do Ytsejam. E então há alguns novos que estou contribuindo do meu tempo, dos meus arquivos Mas eles também têm um monte de coisas pós-MP que estão lançando também. A única coisa chata para mim com o lance do encarte é que agora acho que eles estão transmitindo em alguns dos serviços de streaming e não há contexto para nada disso. Alguém me mandou um e-mail alguns dias atrás, ‘Ei, qual é o problema com essa música que acabei de ouvir?’ E eu fiquei, tipo, ‘Onde diabos você ouviu isso?’ E eles disseram, ‘Oh, está no Apple Music ou no Spotify.’ E eles não sabiam quem estava nela, eles não sabiam quem é o cantor. Há algumas coisas lá que são demos com cantores diferentes. E sem o contexto das minhas notas de encarte, é quase impossível para as pessoas saberem o que tá rolando. Mas de qualquer maneira, fazer o que?.”
