Recentemente, o ex-vocalista do Fear Factory, Burton C. Bell, afirmou que a banda se “trancou em uma caixa” para entregar um determinado tipo de som em seus álbuns. Citando o álbum “Transgression” de 2005, Burton afirmou que até mesmo o título do disco já era uma transgressão do verdadeiro som do Fear Factory. Em uma entrevista com Rock Hard With Phil And Tish, ele disse:
“Sinto que, como banda, nos trancamos em uma caixa. E a gravadora esperava um certo som, certos membros esperavam um certo som e, para ser honesto, muitos fãs esperavam um certo som. Lançar qualquer outra coisa teria sido — qual é a palavra? — teria sido apenas uma heresia, tipo: ‘O que você está fazendo? Isso não parece Fear Factory’. ‘Bem…’
Fizemos um disco [em 2005] chamado ‘Transgression’. E o título em si era uma transgressão do som que o Fear Factory realmente representava. Em vez de ser uma banda de metal industrial, naquele disco éramos quase uma banda de hard rock. E os fãs trataram como tal. Então, fizemos isso conosco mesmos. Mas agora, como artista solo, não sinto mais esse tipo de pressão. Sinto que o céu está aberto.”
Neste domingo, 20 de abril, o guitarrista Dino Cazares, rebateu a fala de Burton afirmando que a banda “não se trancou em uma caixa”.
Através do X, ele disse:
“Eu vivo, morro e regenero a Fear Factory, leal até o fim. ‘Machines of Hate’.
A inovação não vem de seguir o mapa, mas sim de redesenhá-lo completamente. Revolucionando um novo caminho a seguir.”
Dino Cazares respondeu a um comentário de um fã esclarecendo o motivo pelo qual ele discorda de Burton:
“É só a perspectiva de duas pessoas diferentes sobre quando elas estavam na banda. Uma se sentia encurralada, como se estivesse fazendo isso porque tinha que fazer, não porque queria; a outra (eu) fez isso por amor e paixão. Realmente importa para mim, é uma escolha, movida pela paixão, não pela pressão.”
Em outro post, ele disse:
“A ideia de que o Fear Factory ‘se trancou em uma caixa’ não se sustenta quando você olha para a nossa evolução. Claro, tínhamos um som central — riffs concisos e mecânicos, ritmos sincopados e aquele contraste vocal limpo/rosnado característico — mas, dentro dessa estrutura, expandíamos os limites constantemente.”
Fear Factory didn't "lock themselves in a box." , we destroyed the box and evolved while maintaining a core sound. It’s a choice driven by passion not pressure.
I live, die, and regenerate Fear Factory, loyal to the end.
Machines Of Hate
Happy Easter 🐇 pic.twitter.com/YegMEYT3Cm— Dino Cazares (@DinoCazares) April 20, 2025