O baterista Iggor Cavalera (ex-Sepultura), em recente entrevista à revista Ghost Cult, falou sobre o planejamento e os preparativos para a nova turnê ao lado do irmão Max Cavalera (ex-Sepultura), Mike Leon (Soulfly) e Daniel Gonzalez (Possessed), onde apresentarão as faixas selecionadas dos icônicos discos “Beneath The Remains” e “Arise”, nos EUA nesta primavera/verão. Veja o que disse Iggor Cavalera:
“Claro, é uma turnê bastante física. A bateria é bastante extrema nesses dois discos, então eu tenho que praticar muito. Felizmente, eu tenho um estúdio aqui em Londres para que eu possa entrar e tocar bateria e experimentar algumas coisas. E é claro que faremos alguns ensaios para isso com toda a banda antes da turnê começar, mas é sempre bom estar preparado. Claro que essas são músicas de alguma forma já estão enraizadas no meu cérebro, mas eu preciso… porque também estou envolvido com tantos projetos, às vezes eu preciso me concentrar um pouco para que eu possa acertar todas as peças para que meu disco rígido não exploda.”
Iggor também respondeu se é necessário reaprender a tocar algumas daquelas músicas que foram originalmente escritas e gravadas há mais de 30 anos:
“Eu tenho algumas notas que eu anoto, e eu tenho sido assim por muitos anos. Eu realmente não leio música profissionalmente, mas eu tenho algumas notas que eu sei onde seguir certas coisas. E essas são certas épocas onde algumas músicas são muito parecidas umas com as outras — são variações de uma mesma música, de certa forma — então para não me confundir com certas partes, especialmente com mudanças de tempo e coisas assim, tento manter um pouco um bloco de notas para que eu possa olhar e saber exatamente onde estou com uma faixa. Porque, caso contrário, é claro, todos nós entramos em algum tipo de farra mental onde você fica, tipo, ‘Oh, merda’. Então eu tento manter essas notas de alguma forma perto de mim, mesmo quando estou tocando ao vivo. Eu tenho o setlist, mas também tenho algumas coisas que anoto que me ajudam a me situar nesse caso.”
Ele ainda teceu comentários sobre os mais de 30 anos dos clássicos álbuns “Beneath The Remains” e “Arise”:
“Estou muito orgulhoso que esses discos ainda sejam relevantes para muitas pessoas, inclusive eu. Tocá-los ao vivo é um prazer porque gosto muito de tocar música com meu irmão, gosto muito da conexão que temos, da química que temos quando tocamos ao vivo. E ter a chance de fazer isso, por para mim, é muito especial, e eu realmente aprecio isso. Eu sei que há muitos irmãos por aí que nem estão aqui, como os irmãos Abbott do Pantera, ou mesmo alguém como Eddie Van Halen se foi – agora é’é só Alex – então o fato de eu ainda ter meu irmão para fazer coisas juntos, me sinto muito sortudo por ainda poder sair e brincar com ele.”
A turnê que celebra “Beneath The Remains” e “Arise” teve início em 2018. No início de 2020, Max contou seus planos de trazer a turnê para os EUA, mas nenhuma data havia sido anunciada antes da pandemia.
Assista a entrevista completa:
