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Lançamento: Demons & Wizards – “III” (2020)

Gravadora: Century Media Records



Quinze anos se passaram desde o último registro de estúdio do poderoso projeto, Demons & Wizards, liderado por Hansi Kürsch (Blind Guardian) e Jon Schaffer (Iced Earth). Ambos passaram por fases conturbadas em suas respectivas bandas nesse meio tempo. Não sou aficionado por ambas, porém, através de projetos como esse, revejo certos conceitos. O terceiro full-lenght, lançado em fevereiro deste ano, marca o retorno da junção musical demoníaca de Schaffer e a feitiçaria do Sr.Kürsch, uma dicotomia fantástica!

“Diabolic” inicia com uma típica atmosfera “Metal Espadinha”, uma orquestra, um coro angelical e logo em seguida, riff! Desde primeiro momento que a guitarra do Sr. Schaffer se revela, até o último minuto desse tema épico, eu já previa o que viria no decorrer da audição, que esse álbum seria impregnado de Iced Earth. Eu cheguei perto de acertar!

“Invincible” causa certo estranhamento, um som que eu descreveria como um Heavy Traditional muito acessível. É simples, porém o clima épico permanece nos arranjos vocais, o ritmo engana o ouvinte até aqui.



Em “Wolves in Winter”, somos lembrados novamente de quem esta na linha de frente, os riffs característicos do Sr. Schaffer reaparecem, uma palhetada consistente e firme, dita o ritmo desse som, assim dando espaço pro Sr. Hansi mostrar seu potencial, cantando de maneira surreal.

“Final Warning” mantém o nível de sua antecessora, a convergência sonora continua, porém a partir daqui, uma coisa precisa ser dita, Jon Schaffer vem repetindo seu estilo próprio de tocar faz anos, então muita coisa soa demasiado familiar e repetitivo, apesar de seu eficiente desempenho, ele nada é mais que um exímio guitarrista tocando o que mais convém. Para aqueles que apreciam a simplicidade instrumental do som mais tradicional, talvez esse aspecto sequer seja notado.

Agora vamos entrar de vez no lado Blind Guardian da audição, “Timeless Spirits” é uma fantástica balada épica digna dos anos áureos do Power Metal, e eu não poderia deixar de citar que nesse álbum, quem reina absoluto é o Sr. Kürsch, faixa após faixa, é impressionante sua versatilidade e potência vocal.

Em “Dark Side of Her Majesty”, voltamos a nos deparar com a dualidade magistral desse projeto. A mixagem dos timbres das guitarras é um dos pontos fortes desse disco. Dito isso, Schaffer brinca bastante com sua especialidade no instrumento! Novamente um riff cavalgado e incessante cria terreno para um épico orquestrado pelos deuses com um coral assombroso de fundo. É um momento revigorante.



Mas, é em “Midas Disease” que eu queria chegar caros leitores. Eu me surpreendi. Não sei se era por não esperar algo assim ou novamente por conta do fator Kürsch, que eu tanto perseverei em louvar no decorrer da jornada! Essa inusitada pedrada é Hard Rock puro, o riff que dá início é inspiradíssimo em AC/DC, uma ótima confluência de Malcolm Young e Rudolf Schenker, aliás, a cozinha só reforça a influência presente aqui. Minha favorita do álbum.

“New Dawn” e “Universal Truth” não apresentam nada de novo relacionado ao inicio do registro, soam muito repetidas entre si, tendo um ótimo desempenho instrumental, ótimos arranjos rítmicos, porém são musicas que mais ocupam espaço, do que realmente agregam algo na audição! Pra não dizer que não falei das flores, “New Dawn” tem momentos que fixam na cabeça, e não desgrudam, mas são bem específicos.

“Split” poderia facilmente figurar em qualquer álbum do Iced Earth 90´s, em especifico no “Burnt Offerings” de 1995. Aqui temos Mr. Schaffer alternando entre palhetadas afiadas e riffs “sabbaticos” cavernosos, todo o instrumental cria um clima sinistro que permeia do inicio ao fim.

Chegando ao fim dessa jornada de altos e baixos, encerrar o álbum com “Children of Cain” foi decisão de mestre. Apesar do que foi dito anteriormente, referente às repetitivas harmonias, aqui temos um instrumental mais trabalhado, que alterna muito bem, entre momentos mais melódicos e acústicos, e outros com levadas mais rápidas e pesadas. Essa é a melhor composição lírica do álbum, quase um conto antigo, que vai elevando conforme o clamor por redenção se intensifica, pelo título, já se sabe ao que faz referência essa fantástica letra.



Pode-se dizer que o saldo final é muito mais positivo aqui, mas depois de 15 anos do último registro, eu honestamente esperava algo mais forte e contundente por parte do Sr. Schaffer, algo mais memorável, mas foi muito competente dada a proposta do projeto. Porém, como citado lá no inicio, esse registro pertence ao Sr. Hansi Kürsch, não tem jeito, o melhor desempenho é o dele! O terceiro full-lenght mantém o nível de seu antecessor ”Touched By The Crinson King” de (2005). Ambos vivem na sombra do todo poderoso debut homônimo, lançado no longínquo ano de 2000.

Nota – 8,3

  • Formação:
  • Hansi Kürsch (vocal)
  • Jon Schaffer (guitarra, violão)
  • Jake Dreyer (guitarras adicionais)
  • Ruben Drake (baixo)
  • Brent Smedley (bateria)
  • Faixas:
  • 1. Diabolic
  • 2. Invincible
  • 3. Wolves In Winter
  • 4. Final Warning
  • 5. Timeless Spirit
  • 6. Dark Side Of Her Majesty
  • 7. Midas Disease
  • 8. New Dawn
  • 9. Universal Truth
  • 10. Split
  • 11. Children Of Cain
  • Redigido por Giovanne Vaz
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