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Lançamento: Voorhees – “Chapter Two” (2020)


Gravadora:
Great Dane Records



Só de reparar no nome e no logo dessa banda, já se pode chegar a um denominador comum. Não é mesmo?! Simplesmente um dos maiores (se não o maior) ícones dos filmes de terror de todos os tempos, o glorioso e persistente Jason Voorhees com seu arsenal de vítimas em suas jornadas no universo de “Sexta-Feira 13”. Porém, como é o habitual por aqui, não irei me aprofundar tanto nesse tema, até por que se trata de um personagem mundialmente conhecido e acabaria virando um texto sobre o mesmo, ao invés de uma resenha do disco de estreia destes franceses, que buscaram inspiração através dessa fortaleza de máscara de hóquei e facão ultra afiado. E haja história sobre esse enredo magnífico todo…

Metz, Grand Est. Este é o local de nascimento deste flagelo aterrorizante que lançou “Chapter Two” com o intuito de buscar o seu espaço entre os grandes do Metal da morte. Como ainda é cedo para dizer se esse disco é bastante sangrento a ponto de assustar os mais desavisados ou não, vamos à apresentação deste material e quem são os encarregados de acordar o Jason em pleno ano de 2020. “Chapter Two” foi lançado no dia 13 de março via Great Dane Records. Tal data não poderia ser melhor para lançarem seu debut. Os fãs mais fervorosos tanto dos filmes de “Sexta-Feira 13” quanto de Death Metal deverão curtir em dobro essa curiosidade. O line-up francês é composto por: Will (Nosphares, ex-Visceral Hate, ex-Nihilism, ex-Funeral Holocaust, ex-Disquiet), o patrono da bagaça, baterista e backing vocal; Fred Ace Death (Dehumanize, ex-Lake of Oblivion, Screaming Worms) no baixo; Rémy (ex-Cantar, ex-Corpses, ex-Deterrent, ex-Insane, Metal Militia, ex-Dehumanize) na voz principal e na guitarra; E Seb (ex-Dungortheb) na guitarra e também o encarregado dos solos.



Preparado para correr do seu assassino impiedoso, pequeno gafanhoto? Cuidado para não ser uma pessoa de muita sorte… A “última” noite se dá início com “The Lucky Ones Die First”, que após o primeiro berro do gato te faz correr pelas vielas do quarteirão próximo de sua moradia. Um cheiro de enxofre com ferrugem é espalhado no ar, dando aquele toque avermelhado para essa longa noite de perseguição sonora. Os bumbos, tons e pedais tremulam o seu bairro conforme a lâmina velha e super afiada corta as portas, que você abre e fecha como se fossem de papel. Sem descanso, o inimigo persegue sua vítima sempre com aquele ar soberano de que você é só mais um número para ele. Enquanto você não se torna mais um monte de carne morta putrefante, pode notar nuances da escola sueca de Death Metal. Eu disse que pode respirar? Não! Segura a bronca aí que “My Horror Event” acaba de chegar para te aterrorizar um pouco mais… Não se desespere, pois estamos apenas no início dessa jornada soturna e maquiavélica. E… Ops! Mas, já caiu?! Na segunda cena de ação?! Agora com o joelho ralado e o tornozelo torcido será preciso de um pouco mais de força de vontade se quiser sobreviver a esse rito de sacrifício.

A terceira etapa das quinhentas milhas de Indianapolis (só que não!) conta com a bela canção “Evil To Come”. O mal já começou e pode continuar fugindo, pois o Jason sempre te encontrará em uma próxima tomada. Os passos vagarosos são simbolizados em trechos da canção até que está sofre um abalo sísmico capaz de acelerar e destruir tudo o que vê pela frente. Tente ligar a caminhonete que está logo adiante. O motor não quer pegar e a adrenalina só aumenta quando surge um pouco ao longe a silhueta de seu perseguidor. Não faça como a Jill Valentine do “Resident Evil 3 Remake” e fuja logo antes que… Venha a quarta faixa com um ar mais cadavérico e rastejante, até lembrando um pouco do que o Kreator tem feito em seus últimos trabalhos. Não, não alcança o Thrash e muito menos os alemães alcançam o Death. São passagens que acabam ficando literalmente em um meio termo. O assassino te deu um pouco de trégua e você consegue escapar do veículo velho sem sofrer danos. Por enquanto os seus danos são do capote que tu levaste na segunda tomada de ação. “The Will To Kill” apresenta-se como o diferencial, até tornando o som do Voorhess mais encorpado do que aquele Death Metal “seco” e opaco costumeiro de muitas bandas por aí afora.

“I’m The Man Who Became God” inicia após um breve anúncio, exaltando a forma pela qual este ser pode se colocar como um deus, uma espécie de entidade que pune impiedosamente quem atravessar o seu caminho. Com uma veia mais extrema a sua fuga volta a ser o destaque conforme os riffs e linhas de guitarra e baixo ameaçam botar tudo abaixo. Aquela ferrugem citada acima toma conta de todo o certame, te fazendo ter dificuldades para respirar. Não sei se você está de máscara, mas se estiver, é bom que ela seja à prova de pó de ferro e sangue. Muito sangue… Tomate não! Sangue… Se não bastasse um, imagine ser perseguido por mais um Voorhees? Calma, que o jogo não deu ‘bug’! O mesmo perseguidor te ataca novamente e arremessa seu facão, buscando dividir sua cabeça entre direita e esquerda para que morra no centro da lâmina tão afiada que reflete o brilho da lua vermelha. “Voorhees II” mantém o fogo-fátuo aceso em meio ao pântano, que você acabou adentrando sem ao menos perceber.

A penúltima parte entrega aos adeptos “Reanimated” e já posso concordar, que além de você ser um bravo e destemido apreciador de aventuras como esta, também é capaz de enfrentar alguém tão poderoso quanto o ‘homenageado’ em questão. A dança de cadáveres rola solta com o avanço dos melhores solos deste debut até aqui. Certeza que até o Jason iria para o mosh com um som desse naipe. E para fechar o livro sobre a arte da morte causada por um mascarado nada como esse fim ser marcado por uma passagem inicial de bateria feita com maestria por Will, acompanhada pelo baixo certeiro de Fred Ace Death para apresentar o fechamento de um dos grandes trabalhos lançados esse ano. Chris e Seb fazem uma dupla de gigantes nas guitarras e tornam a equipe ainda mais forte. Eu disse fechar? Espere! Ainda tem mais uma “múzga”, nobre leitor! “Into Darkness” chega para despejar mais uma alta dose do bom e velho Death Metal, além de mostrar para os desavisados (são muitos!) que na França tem Metal extremo do “bão” sim, senhor! Porém, a caçada continua mesmo com sua escapatória. Hoje você conseguiu e está de parabéns. Agora pode beber bastante água e aguardar por um futuro trabalho do Voorhess para que a corrida pela sobrevivência prossiga.



Se você realmente gosta de Death Metal como um todo, este disco é perfeito para você seguir, ouvindo diversas vezes ao dia. E fique tranquilo. O Jason não vai te pegar… Ou será que vai?…

“The lucky Ones Die First…”

Nota: 9,0

  • Integrantes:
  • Willy “Will” Lang (bateria, vocal de apoio)
  • Frédéric “Fred Ace Death“ Clément (baixo)
  • Christophe “Chris” Rémy (vocal, guitarra)
  • Sébastien “Seb” Valbrecq (guitarra solo)
  • Faixas:
  • 1. The Lucky Ones Die First
  • 2. My Horror Event
  • 3. Evil To Come
  • 4. The Will To Kill
  • 5. I’m The Man Who Became God
  • 6. Voorhees II
  • 7. Reanimated
  • 8. Into Darkness
  • Redigido por: Stephan Giuliano
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