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Megadeth e a “Trilogia de Ouro do Thrash Metal”

Opinião: Megadeth e a “Trilogia de Ouro do Thrash Metal”



Quem acompanha a carreira do Megadeth sabe que ela é cheia de altos e baixos. Dave Mustaine passeou por muitas sonoridades em suas composições, porém, com algumas poucas exceções, o Thrash Metal nunca foi, completamente, abandonado pelo quarteto, estando presente em canções do subgênero ou através daquela pegada característica dos riffs e também da bateria.

O Thrash Metal do Megadeth sempre foi diferenciado, priorizando a técnica, a criatividade e não se parecendo com qualquer outro.

Essas características explicam a relevância que alguns discos, nos quais o Thrash é predominante, conquistaram na história da música pesada.



Três deles compõe o que batizamos nessa matéria como “Trilogia de Ouro do Thrash Metal” do Megadeth.

Vamos falar de cada uma deles e também de seus respectivos line-ups.

“Peace Sells… But Who’s Buying?” (1986):

A primeira formação do Megadeth contou com: David Ellefson (baixo), Chris Poland (guitarra), Gar Samuelson (bateria) e, é claro, Dave Mustaine (vocal e guitarra).

O lançamento do debut “Killing Is My Business… and Business Is Good!” envolveu vários problemas internos, mas apesar disso, o disco foi bem conceituado e carrega alguns clássicos.



NEW YORK – 1986: Chris Poland, Gar Samuelson, Dave Mustaine and David Ellefson of the heavy metal band “Megadeth” pose for a portrait holding a guitar in 1986 in New York City, New York. (Photo by Mark Weiss/WireImage)

Em resumo, bom disco, mas longe de ser algo marcante!

Foi no segundo full lenght, “Peace Sells… But Who’s Buying?”, que Mustaine mostrou ao mundo o potencial de seu talento, lançando o seu primeiro clássico absoluto do Thrash Metal.

“Wake Up Dead”, “The Conjuring”, “Peace Sells”, Devil Island, “Good Mourning/Black Friday”, “Bad Omen”, o cover de Willie Dixon, “I Ain’t Superstitious“, e, para fechar, “My Last Words”, são as peças perfeitas que formam essa obra-prima da música pesada.

Pela primeira vez, Megadeth foi comparado a “uma banda de Jazz tocando Thrash Metal”.

Infelizmente, esse foi o derradeiro registro desse line-up fantástico.



Chris Poland saiu, dando lugar a Jeff Young; O saudoso Gar Samuelson foi substituído por Chuck Behler.

Dessa formação, nasceu “So Far, So Good… So What!”, que se não fosse a excelente “In My Darkest Hour”, iria passar quase “em branco”, sendo o mais irrelevante do início da história do quarteto. Obviamente, para mim.

“Rust In Peace” (1990):

Após o fraco “So Far, So Good… So What!”, entrou em cena o principal line-up da história do Megadeth.

Marty Friedman na guitarra, Nick Menza na bateria, David Ellefson no baixo e o líder, Dave Mustaine, no vocal e guitarra, formaram o time que gravou: “Rust In Peace” (1990), “Countdown to Extinction” (1992), “Youthanasia” (1994) e “Cryptic Writings” (1997).



Inegavelmente, essa é a fase mais prolífica e também a de maior sucesso comercial da banda. Mas, para nós, só interessa falar do masterpiece, “Rust In Peace”.

MEGADETH / classic line-up / Divulgação / Facebook

“Rust In Peace” não é somente considerado por muitos como o melhor álbum de Thrash do Megadeth, como também o melhor já gravado desse subgênero.

O Thrash Metal foi elevado a outro patamar. O guitarrista Marty Friedman, com influências eruditas, eternizou solos fantásticos, “Tornado Of Souls”, “Lucretia”, “Hangar 18”, “Holy Wars… The Punishment Due”, etc.

Ao propósito, Dave Mustaine e David Ellefson conduziram as suas perfomances a um nível bem superior e o saudoso Nick Menza criou arranjos de baterias que casaram perfeitamente com toda essa evolução musical.



Portanto, “Rust In Peace” é o Magnum Opus do Thrash e essa afirmação é difícil de refutar, embora haja quem discorde.

Posteriormente ao lançamento de “Cryptic Writings” (1997), Nick Menza foi demitido e após o fiasco de “Risk” (1999), foi a vez de Friedman deixar a banda por sua própria escolha.


O Thrash voltou em “The World Needs a Hero” (2001), desde então, foram gravados ainda: “The System Has Failed” (2004), “United Abominations” (2007), “Endgame” (2009),
“Thirteen” (2011), “Super Collider” (2013), “Dystopia” (2016)…

Bom, hora de parar e explicar que, de “The World Needs A Hero” até “Dystopia”, o Thrash esteve presente e alguns deles são até bons registros, mas nenhum se destacou com o subgênero como fizeram o “Peace Sells… But Who’s Buying?” e o “Rust In Peace” até, pelo menos, o ano de 2022.



“The Sick, the Dying… and the Dead!” (2022):

O álbum “Dystopia” (2016) marcou a estreia do guitarrista Kiko Loureiro (ex-Angra), além disso, contou com o baterista Chris Adler (Lamb Of God) para a gravação.

Contudo, na turnê, Dirk Verbeuren (ex-Soilwork, ex-Aborted, Scarve, etc…), o qual vem de bandas e projetos de Metal extremo, ocupou a sua vaga.

A demissão do baixista David Ellefson, em 2021, fez com que Steve DiGiorgio fosse convidado a gravar o sucessor do “Dystopia“, “The Sick, the Dying… and the Dead!“, porém, para a turnê, um ex-integrante do Megadeth, James LoMenzo, foi chamado para reintegrar o line-up.

MEGADETH / line-up “The Sick, The Daying… and The Dead!” / Divulgação / Facebook

Foi com Kiko Loureiro na guitarra, Dirk Verbueren na bateria, Steve DiGiorgio, como convidado, no baixo e Dave Mustaine no vocal e guitarra que nasceu a terceira parte da “Trilogia de Ouro do Thrash Metal”, “The Sick, the Dying… and the Dead!“.



Mais uma vez, pela terceira vez na história do Megadeth, uma “banda de Jazz tocou Thrash Metal.

A música que intitula o álbum, “The Sick, the Dying… and the Dead!“, “Life In Hell“, “Night Stalkers“, “Dogs Of Chernobyl“, “Sacrifice“, “Soldier On“, “Célebutante“, “Mission to Mars” e “We’ll Be Back” trouxeram o Thrash Metal impressionante de volta à cena 32 anos após o clássico “Rust In Peace“.

Em resumo, é certo dizer que o atual registro não atinge a perfeição dos dois primeiros componentes da trilogia a qual faz parte, pois há algumas canções que soam bem fora de sua pegada predominante, mas isso em nada atrapalha o quão formidável ele soa no contexto geral.

Como resultado, a “Trilogia de Ouro do Thrash Metal” se completou após longa espera que valeu muito à pena.

MEGADETH / line-up 2023 / Divulgação / Facebook

O que esperar do Megadeth no futuro próximo?

Uma turnê reunindo três guitarristas: Dave Mustaine, Kiko Loureiro e Marty Friedman? Um novo álbum contando com esse trio? Só o futuro dirá.



DAVE MUSTAINE / KIKO LOUREIRO / MARTY FRIEDMAN / Reprodução / Facebook

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

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Comentários

  1. Acredito que a maioria das bandas tiveram o seu ponto alto e baixo em termos de qualidade e música!!!! Megadeth já vem a algum tempo melhorando em seu Thrash Metal e que sempre tenta seguir o estilo, coisa que o Metallica não faz há muito tempo isso!!!! Voto em Testament, Kreator, Slayer e Megadeth como as maiores bandas de Thrash Metal…não existe a melhor, fato!!!! Esses sim seriam o meu Big Four e nada dessas bandas abrindo show para o Metallica!!!! Valeu!!!!

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