Poucas bandas tiveram um início tão avassalador quanto o Slayer. Se pensarmos de maneira mais ampla, poucas bandas conseguiram lançar trabalhos tão diferenciados entre si. O detalhe é que os norte americanos conseguiram influenciar diversas escolas do Metal, incluindo a maturação e desenvolvimento de pelo menos dois grandes subgêneros: o Thrash e o Death Metal. Formada em 1981 pelos guitarristas Jeff Hanneman e Kerry King, logo recrutaram o baterista Dave Lombardo e o baixista/vocalista Tom Araya, o qual já havia tocado com King em uma outra banda. Devido ao fato de Kerry King ser um fã ardoroso da NWOBHM, o quarteto originário de Huntington Park, Califórnia, se apresentava tocando covers do Iron Maiden, Judas Priest e demais bandas britânicas. Foi quando em um show, Brian Slagel, fundador da Metal Blade Records, os viu em ação tocando “Phantom Of The Opera” (Iron Maiden) e resolveu apostar na banda. Nesta época, os norte americanos apostavam em um visual satânico com spikes, crucifixos invertidos, um pouco de corpse paint e muita pose de mal.

O contrato oferecido pela Metal Blade era daqueles “mui amigos” e a banda precisou financiar as gravações de “Show No Mercy” com seu próprio dinheiro. Para isso, usaram todas as reservas financeiras de Tom Araya e ainda pediram uma grana emprestada ao pai de Kerry King. Felizmente para todos nós, o álbum acabou vendendo cerca de 20 mil cópias somente nos Estados Unidos, a turnê foi um sucesso e o Slayer recebeu cartão verde para seguir adiante. De lá para cá, revolucionaram o Metal de diversas formas diferentes, tiveram uma extensa e produtiva carreira, lançaram uma coleção invejável de clássicos e, com todo o merecimento, são considerados uma das maiores bandas de Thrash Metal do mundo (senão a maior). Toda esta trajetória de sucesso será abordada em um outro artigo e vocês vão poder ter uma noção exata da grandiosidade e importância da banda para a cena. Aqui, a idéia é apresentar uma playlist que contenha músicas importantes de todas as fases da carreira dos norte americanos e sirva ou como fonte de pesquisa aos jovens ouvintes ou um momento de nostalgia aos fãs mais antigos. Com vocês, Slayer! Aperta o play e aumenta o volume.
Redigido por Fabio Reis