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Polêmica: conheça a camiseta de Black Metal que foi perseguida por religiosos e autoridades

Conheça a polêmica história da camiseta de Black Metal que foi perseguida por religiosos e autoridades.



Este artigo inicia com a seguinte pergunta: até que ponto somos de fato donos de nossas vontades?

Estamos acostumados a ouvir que “temos o direito de ir e vir” ou que “somos livres para se expressar”. Mas será que de fato somos tão livres como dizem? Será que somos donos de nossos corpos e podemos realmente fazer deles o que bem entendermos?

Na teoria, estas perguntas deveriam ter apenas uma resposta: sim! Na prática, a coisa pode ser diferente e talvez a tão falada hipocrisia de alguns fale mais alto. A pessoa apronta a vida inteira e em um belo dia acorda resolvida que precisa fazer algo para mudar o mundo. Isso, é claro, mediante sua visão retrógrada e pouco inteligente das coisas.



Entendendo melhor a “polêmica camiseta de Black Metal”

Para entender melhor esta introdução, é preciso voltar em outubro de 2010 na cidade de Brisbane, capital de Queensland, na Austrália. Foi lá que no dia 7 do referido mês, Alexsei Vladmir Nikola, um rapaz de 34 anos, foi detido pela polícia sobre a acusação de “violação da lei contra o ódio”.

O motivo: o jovem rapaz usava uma camiseta da banda Cradle Of Filth e, na visão e entendimento da polícia local, aquela camiseta incitava o “ódio à religião”.

No desenho, uma garota seminua vestida de freira se masturbava com um crucifixo em suas partes íntimas, enquanto na parte de traz da camiseta havia a seguinte frase estampada: “Jesus Is A Cunt“. Algo como, “Jesus é um Cuzão”.

Reprodução
Reprodução

Na época, o Jornal Brisbane Times declarou que o rapaz deveria pagar uma multa de US $1.000 ou uma sentença de aproximadamente seis meses de prisão. Segundo o jornal, “usar aquela vestimenta em via pública trata-se de um ato ofensivo”.



Por usar uma camiseta que não foi confeccionada por ele e que estava à venda, o jovem rapaz teve que enfrentar os tribunais, já que a Corte de Magistrados de Brisbane iria julgar se Alexsei deveria ir para cadeia ou pagar multa.

Mas e quanto a banda?

Como os integrantes, em especial o líder e vocalista Dani Filth, enxergam/enxergaram estes acontecimentos e o que pensa a respeito?

Sobre a camiseta e sua polêmica: segundo Dani, tudo começou através de uma brincadeira:

“Foi tudo muito bobo, suponho. Era 1993 e estávamos prestes a sair em turnê com o Emperor. Tínhamos uma camiseta diferente na época – tinha uma foto da minha esposa, toda vestida em trajes black metal, e dizia ‘The Black Goddess Rises’. Precisávamos arrumar uma camiseta nova rapidamente para a turnê; já tínhamos pensado na ‘masturbação sacra’, mas ainda precisávamos de uma matriz para ela”



Reprodução

Segundo o músico, durante a criação da estampa da referida camiseta, alguém (ele diz não lembrar quem) proferiu a tal frase (“Jesus Is A Cunt”) o que arrancou, segundo ele, risos gerais.

“Todos rimos daquilo, pensando, ‘Deus (!), isso é tão anárquico’, ‘já pensaram isso em uma camiseta?’. Olhamos uns para os outros de modo conspiratório, tipo ‘Vamos?’ e sim, fizemos. Mesmo na época, achamos, ‘Bem, isso é meio que forçar a barra um pouco’.”



Segundo ele, na época em que a camiseta estava sendo impressa, sua esposa trabalhava justamente numa empresa de artes e impressões, porém, após a banda divulgar a arte original, ela foi despedida.

Dani diz ainda que houve uma certa dificuldade para encontrar estamparias dispostas a executar o serviço de estampar a frase e consequentemente a foto. Eventualmente, eles conseguiram e o resto é história.

Reprodução/Facebook

O caso do jovem australiano não foi o primeiro e nem o último, já que outros fãs da banda também sofreram represálias e evidentemente todos estes episódios foram em decorrência ao uso da camiseta.

Anos depois indagado sobre estes acontecimentos, o músico disse o seguinte:

“Eu teria que ser um idiota para achar que aquela camiseta não era ofensiva. É uma camiseta perigosa de se vestir. totalmente. Pessoalmente, eu não andaria por aí com ela agora – quero dizer, já passei dos 40 anos. Eu de fato a usei naquele tempo, mas as pessoas não entendem que há hora e lugar para esse tipo de coisa. Vai a um show? Sem problema. Mas algumas dessas pessoas são tipo, ‘Eu não entendo, eu estava no shopping e fui preso por vesti-la! ’. É burrice da parte deles, na real.”



Inúmeros casos envolvendo multas e prisões de fãs do Cradle Of Filth aconteceram nos últimos anos. A intolerância por parte de órgãos pseudo-defensores de “direitos” e da “ética”, promoveram ações cujo intuito era atingir principalmente a banda, que enfrentou a ira dos religiosos que ao saber de sua passagem por determinadas cidades buscaram formas de cancelar suas apresentações. Felizmente, em vão.

A intolerância em forma de “preocupação” levou inclusive os músicos da banda à prisão. Em 1998, enquanto faziam uma sessão fotográfica realizada antes de um show no Vaticano, os integrantes da banda utilizaram camisetas que traziam os dizeres “Eu amo Satã”. Os músicos foram para a prisão, porém soltos após pagamento de fiança. Na época o grupo promovia o excelente “Cruelty and The Beast”, terceiro disco da carreira lançado em 27 de abril do referido ano.

“Vestal Masturbation”

Com todos estes episódios, a peça ficou conhecida como “Vestal Masturbation”, tornando-se a camiseta mais proibida em várias partes do mundo desde 1996, incluindo a Nova Zelândia, onde quem for pego usando a camiseta, é certo que será será multado e preso.



Reprodução

Por conta das várias ocorrências envolvendo seus fãs, Dani e os membros da banda pediram para que os fãs não usassem mais a peça. Casos anteriores e posteriores envolvendo a polêmica arte acontecem mundo afora.

O caso de Rob Kenyion e outros semelhantes

Em 1997, Rob Kenyon, inglês de 29 anos foi a julgamento por “Representação Profana sob a Lei de 1839” pelo Tribunal de Bow Street. Ele recebeu multa.

Em 2004, Dale Wilson, de 35 anos, foi para prisão em Norwich (Inglaterra) pela polícia enquanto caminhava até um quiosque que vendia apetrechos de Halloween.

Dale, declarou-se culpado respondendo pelo crime de “conduta ofensiva religiosamente agravada”. Após pagar a fiança de US$266,00 e ouvir do Juiz que ele deveria “crescer”, o jovem saiu livre, porém a ordem era queimar sua camiseta.



Em 2005, Adam Shepherd, adolescente britânico de 19 anos, recebeu condeação por usar a camiseta. Segundo as novas leis anti-ódio, que proíbem as pessoas de exibirem “Sinais de Insulto Religioso”.

Adam, prestou 80 horas de serviço comunitário e também pagou uma multa equivalente a 40 libras. Na ocasião de sua prisão, a camiseta estava com sua namorada, porém ao admitir a polícia que ele era o dono, a punição lhe recaiu.

Usar a camiseta seria “comportamento ofensivo”

Em 2008, um adolescente de Gold Coast, Austrália, foi acusado pela polícia por usar a camiseta que segundo eles (policiais), tratava-se de “Comportamento Ofensivo”, de acordo com as leis locais de “Ofensas Resumidas Por Incômodo Público”.

Também em 2008, a polícia apreendeu em uma loja no sul de Invercargill, Nova Zelândia, lotes de camisetas do Cradle Of Filth, sob argumentos de que as mesmas continham “Imagens ofensivas”. Os donos da loja receberam multas.



Advogados apelariam para a isonomia, em caso de condeção de seus clientes

Em outros casos envolvendo julgamentos, multas e supostas prisões, os advogados de defesa conseguiram reverter as sentenças ao enfatizar que seus clientes não foram os únicos compradores daa camisetas e caso suas prisões fossem decretadas, então todas as pessoas (sem exceções) deveriam responder pelo suposto “crime cometido”, porém caberia aos juízes avaliar e respeitar o direito de ir e vir de cada uma dessas pessoas.

Wikimedia Commons

Enfrentando as polêmicas que por vezes estão mais ligadas a sua imagem do que por seus atos propriamente ditos, o Cradle Of Filth segue adiante lançando trabalhos relevantes e certamente “mostrando o dedo do meio” para os pseudo-religiosos de plantão.

Seu mais recente trabalho atende por “Existence Is Futile”, décimo terceiro de sua longa carreira lançado oficialmente no dia 22 de outubro.

Quanto a polêmica em si, a camiseta realmente pode ser ofensiva. Na verdade, ela existe para tal. Mas devemos nos lembrar que o próprio Heavy Metal é ofensivo para a maioria das pessoas que não fazem parte do meio e, portanto, não o entendem.



Seria desperdício de tempo tentar explicar para uma pessoa “de fora” que o gênero é justamente em atitudes que desafiam, transgridem, contestam e são politicamente incorretas. O fã de Heavy Metal geralmente é um cara que diz não aos dogmas pré estabelecidos da sociedade convencional e, “por coincidência”, um destes dogmas é justamente o religioso.


Nota do site:

Não somos contra qualquer manifestação religiosa ou anti-religiosa, somos a favor da liberdade total no meio do Heavy Metal. A liberdade é a regra número 1 do estilo e também a única regra que ele possui. Qualquer outra regra não passa de invenção descabida de gente que não entendeu nada sobre a música que ouve.

Quem é Mundo Metal?

Mundo Metal nasceu em 2013, através de uma reunião de amigos amantes do Rock e Metal. Com o objetivo de garimpar, informar e compartilhar todos os bons lançamentos, artistas promissores e tudo de melhor que acontece no mundo da música pesada.

Despretenciosamente, veio o grupo e depois a página no Facebook, aos poucos passamos a utilizar outras redes como Instagram e Youtube e, posteriormente, nosso site oficial veio a luz. Apesar de todas as dificuldades da vida cotidiana, nunca desistimos de nossos objetivos e, hoje, nosso site está em franca expansão.



Sejam muito bem-vindos a nossa casa e desejamos de coração que voltem sempre.

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Comentários

  1. Sempre que vejo uma imagem dessa com uma linda freira, me lembra de umas fotos antigas que Silvia Saint fez nesse estilo…bons tempos daquela atriz!!!! Lembro que a banda Marduk tinha uma imagem parecida…a verdade é que o mundo tá tão deplorável, aberto e ¨moderno¨…que não vejo nada demais sobre isso!!!! A religião em si é tão Hipócrita, sempre na mídia encontra algum pastor tarado, padre pedófilo e o dízimo sendo usado para comprar algo relacionado a bem ¨material¨ para a Igreja!!!! Até os filmes pornográficos de antigamente explorava muito esse tema, Silvia Saint mesmo fez isso!!!! Vivemos em um mundo que se diz ser Democrata e que todo assunto polêmico deve ser tratado como uma censura…sem contar no Brasil, onde devemos sempre dar uma opinião não sincera sobre os acontecimentos atuais, sempre devemos dizer coisas para não ir a prisão…essa é a verdade!!!! O mundo é lindo, não existe corrupção, a guerra é invenção da mídia e estamos felizes com tudo que está acontecendo…isso é uma palhaçada em geral, Valeu!!!!

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