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Álbuns Injustiçados: Randy – The Complete Anthology

Eu, particulamente, gosto bastante de apresentar bandas que se tornaram injustiçadas pelo tempo/desconhecimento das pessoas. Revisando algumas coisas que eu escrevi no passado, eu encontrei um pequeno texto de uma análise que fiz sobre uma banda que com toda certeza faria a diferença se não tivesse sido injustiçada na época. Claro, a década de 80 não era fácil você conhecer um som novo, mas mesmo assim, os dinamarqueses do Randy, com toda certeza, mereciam ser lembrados nesta indústria. Como infelizmente a banda não chegou a lançar um disco completo, eu escolhi fazer uma análise completa da discografia do grupo, ou seja, demos e compilações. O fato é que se as coisas tivessem tomado um rumo diferente, provavelmente hoje a banda ainda estaria na ativa.



Randy? Que Randy?

Sobre a banda, podemos dizer que se trata de um trio que executava um Heavy Metal puro e excepcional. O som totalmente cru e “datado” dá um charme a mais para essa beleza sonora. Literalmente, o Randy é uma banda que nasceu clássica. Mas devido a infortúnios, acabou por desaparecer nos deixando apenas um single (86), duas demos (87/92), e duas compilações em 2011 e 2019 (pela No Remorse).

O que me deixa mais pensativo é o fato de o single e as demos terem uma classe e uma força absurda, com músicas grudentas, maravilhosas, bem cantadas, simples e mesmo assim tudo isso permanecer no submundo das injustiças temporais. O single conta com, “Shadows Are Falling”, que possui um som único, calmo e destruidor, uma base característica de Heavy Metal clássico, um vocal leve e presente, um petardo único! e a faixa “The Beast”, que foi por onde conheci a banda, possui o arranjo perfeito para os amantes de Metal tradicional, simples, conciso e direto ao ponto. Um som como esse não pode passar batido, facilmente.

O primeiro demo, que veio um ano após o lançamento do single, possui 7 lindas músicas, com a mesma qualidade do single, com destaque para “Razor’s Edge”, que possui um riff extraordinário e uma ambientação que literalmente envolve o ouvinte e te prende em um loop magnífico. O refrão grudento e muito bom faz qualquer ouvinte cantar em alto e bom som sem se envergonhar. Por se tratar de um demo, ouvimos um som sujo, mas de qualidade.



Segundo Demo e fim da banda

Já em 92 a banda lança o seu segundo demo, “End of The Rainbow”, que com apenas algumas mudanças (saída de um membro), apresenta um trio mais maduro. Contendo quatro músicas apenas, o destaque vai para “End of The Rainbow” e “Rock n’ Roll Symphony” que são canções com uma pegada mais pesada e rápida que as anteriores, porém mantendo a classe. Aqui vemos que a sonoridade amadureceu bastante com o passar dos anos, até mesmo os vocais de Jørgen estão mais firmes, os solos (executados pelo mesmo) são mais precisos e técnicos, o baixo mais presente e uma bateria mais trabalhada. A terceira faixa, “Hideaway”, é uma baladinha. Mais calma, porém com a mesma classe da faixa anterior. E, por fim, temos um excelente cover de “The Temple Of The King” do Ranbow. A banda encerra as atividades no ano seguinte, por motivos desconhecidos.

As Compilações da No Remorse

Mas em 2011, abaixo do selo “No Remorse Records”, é lançado a compilação “Randy”, com as músicas (claro, agora remasterizadas) do single de 86 e dos demos de 87 e 92, além de alguns registros ao vivo. Mas foi em 2019, que a No Remorse tirou da cartola o lançamento mais conciso da banda. A “The Complete Anthology”. Esse lançamento duplo contem todas as composições lançadas por eles. É interessante que desde as notas desse lançamento até a audição do compacto, conseguimos perceber um trabalho mais cuidadoso, cheio de amor, porém, sem deixar de respeitar a idade dessas composições.

Em obras como “The Razor’s Edge”, “The Beast”, “It’s Got to Be Loved” e “Rock N’ Roll Symphony” o empenho feito pela No Remorse foi tamanho, que as obras parecem ser regravações totalmente novas. Isso, meus caros amigos, acende a chama de uma possível reunião e enfim o lançamento de um disco. O cd 2 da compilação de 2019 conta ainda com algumas músicas ao vivo, dentre elas títulos que até então não haviam sido apresentadas ao público. Além de dois belos covers de UFO e Whitesnake.

Fim?

Por fim, oficialmente, a banda segue inativa, o que é triste para os fãs de boa música. Mas, dentro do mesmo cesto que o Randy nasceu, diversas outras bandas permanecem injustiçadas pelo poder do tempo. Sempre que procurarem bons lançamentos e bandas com qualidade acima da média, podemos ter certeza que, em 1980, as encontraremos.



Nota: 8,8

Integrantes:

  • Brian Andersen (guitarra e baixo)
  • Jørgen Viftrup (vocais e guitarra)
  • Søren (bateria)
  • Jim Jensen (baixo)
  • Torben Pape (bateria)
  • Jan Buller (guitarra)

Faixas:


Disco 1

  1. Shadows Are Falling
  2. The Beast
  3. Rock ‘n’ Roll Symphony
  4. End of the Rainbow
  5. Hideaway
  6. Temple of the King (Rainbow cover)
  7. C’mon Let’s Rock
  8. Nightmare
  9. The Razor’s Edge
  10. It’s Got to Be Loved
  11. Victim of the Night
  12. Who’s Got the Power
  13. Don’t Look Back

Disco 2



  1. Victim of the Night
  2. On the Highway
  3. In the Still of the Night
  4. Need You No More
  5. Danish Girls
  6. Lovely Days
  7. Ain’t No Good
  8. Nightmare
  9. Pretty Girl
  10. Rock ‘n’ Roll Boys
  11. Victim of the Night
  12. Natural Thing (UFO cover)
  13. Black ‘n’ Blue (Whitesnake cover)

Redigido por Yurian ‘Dollynho’ Paiva

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