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Resenha: Griffon – “De Republica” (2024)

“De Republica” é o terceiro full lenght da carreira da banda francesa de Black Metal, Griffon, o qual saiu no dia 16/2/2024, pelo selo Les Acteurs de l’Ombre Productions. O sucesso do álbum “Ὸ θεὀς ὸ βασιλεὐς” chegou, portanto, quatro anos após o seu lançamento. Griffon nasceu na capital francesa no ano de 2012, lançando o EP “Wig Ah Wag”, em 2014, como seu primeiro registro, porém seu debut completo, “Har HaKarmel”, só chegou quatro anos após sua fundação. Além disso, foi lançado, em 2019, o slip “Atra Musica”, com a banda de Black Metal da cidade de Nice, Darkenhöld. Atualmente, o quarteto conta com o seguinte line-up: Sinaï (guitarra), Aharon (vocal), Kryos (bateria) e Antoine (guitarra).



GRIFFON / BLACK METAL / Divulgação / Metal Archives

Primeiro Tridente Infernal

“De Republica” é, antes de mais nada, um álbum conceitual que fala sobre política e guerra. Já como abertura, a belíssima canção “L’homme du Tarn” introduz com efeitos sonoros de bombas e artilharia, ou seja, em um ambiente de combate. Assim que a canção efetivamente começa, ela impressiona tanto pela musicalidade, quanto pela competência de seus músicos. Apesar de todos, sem exceção, merecerem destaque, as variações vocais de Aharon constituem o ponto mais alto dessa faixa inicial.

“E amaldiçoada seja a guerra / Malditas sejam todas as nações / A união popular / E a insurreição / E amaldiçoada seja a guerra / Malditos sejam todos os seus espadachins / A união popular / Escrito em nossos corações / A união popular / E a insurreição”



Em seguida, temos a composição “The Ides Of March”. Enquanto a faixa de abertura tem seu conteúdo lírico em francês, a sua sucessora tem sua letra em inglês. Dessa vez, o músico que merece evidência é o baterista Kryos, por sua performance, ao mesmo tempo, técnica e que realiza tudo que é necessário musicalmente. Sua letra fala sobre o assassinato do imperador Romano Julio Cesar, o qual partiu da deliberação do senado romano, que planejara a execução do monarca e, como resultado, causou um guerra civil, o fim da república e o íncio de uma longa era monárquica.

Se eu pudesse dar uma definição própria de “A l’insurrection”, eu a definiria como Epic Melodic Black Metal, pois é exatamente isso que a canção transmite a mim. Embora estejamos em um audição de Black Metal, é possível embarcar em uma viagem através da história, inclusive se sentindo parte dela.

Griffon / Foto: Melissa Beugnies Photography

Tridente Infernal Final – “Da Republica”

“La semaine sanglante” inicia lenta e etérea para logo depois arder em peso e velocidade. Temos aqui, seguramente, a canção mais acelerada do álbum, contudo, ela também sofre suas variações rítmicas, tendo momentos mais cadenciados. “A semana de sangue”, a qual se refere a letra, aconteceu em 1871, quando o Estado reprimiu uma revolta do povo parisiense. Musicalmente, aliás, ela encerra com solos de guitarra fantásticos.

Dando sequência ao álbum temos “La loi de la nation”, a qual igualmente transita entre o ritmo com mais cadência e acelerações em variadas velocidades. A letre fala sobre a lei aprovada em 1905, a qual transformou a França em Estado laico, dessa forma, separando a parte governamental da Igreja. É notável que desde que a revolução francesa obteve a suas vitórias, os conflitos entre o povo e o Estado jamais deixaram de ocorrer.



“Cristo não é mais soberano / Em terras francesas / A cidade quer que sejamos apóstatas / Esperança pelo nosso rápido declínio / Não há mais perdão para esses mil excessos / Os bárbaros entraram na morada de Deus / Quebrando os tabernáculos abençoados por seus antepassados / Já não é hora do clérigo ter voz no fórum / Neste dia em que o Estado se liberta do jugo de Roma / Virgem Imaculada / Virgem Constelada / Virgem das Lágrimas de Sangue / Virgem, eles matam seus filhos / Despoje os monges / do desenho infernal / Embora todos os cristãos / Defenda as igrejas de armas nas mãos / Cristo não é mais soberano / Uma lei de liberdade / Uma lei inesperada / Uma lei para mimar / Uma lei da razão / A lei da nação!”

A faixa título é a que encerra o terceiro full lenght da carreira do Griffon com a mesma qualidade musical apresentada desde o príncipio. Sendo esse meu primeiro contato com a sonoridade do quarteto, digo que fiquei bastante impressionado com o seu trabalho. Inclusive, suas canções, assim como o seu estilo, me trouxeram à mente a banda de Symphonic Death Metal americana/canadense Ex-Deo. Além de que, o apego lírico em temas históricos sempre me agradou muito. Em suma, se alguém me perguntar, qual a primeira banda de Black Metal que indico no ano de 2024?

É GRIFFON!



Nota 9,0

Integrantes:

Sinaï (guitarra)
Aharon (vocal)
Kryos (bateria)
Antoine (guitarra).

Faixas:

1.L’homme du Tarn
2.The Ides of March
3.A l’insurrection
4.La semaine sanglante
5.La loi de la nation
6.De Republica

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz



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