Os italianos do The Wrestlers apresentaram no último dia 7 de março o seu disco de estreia autointitulado. E ele foi feito justamente para você que, assim como nós, ama o Thrash Metal old school. O álbum chegou de forma independente, mas possui mídia física e também está disponível nas principais plataformas de streaming.
O tracklist de “The Wrestlers” é constituído por 10 faixas que somam pouco mais de 40 minutos de duração. E é o suficiente para apresentar mais uma revelação pertencente a esta nova safra de nomes relacionados ao Thrash Metal. Mas não se trata de qualquer revelação, aqui estamos realmente falando de um grupo que, apesar de muito jovem, também é muito talentoso e criativo.

A sonoridade dos italianos me remeteu bastante a uma outra revelação do gênero, o Mechanic Tyrants. Inclusive, o disco de estreia dos vizinhos alemães possui resenha no site do Mundo Metal e você pode ler nossa análise clicando AQUI.
A banda nasceu em 2018 fundada pelo guitarrista e vocalista Alex Murru, que conta hoje com o auxílio de Simone Mura (baixo) e, completando o trio, Samuele Oggiano (bateria). O grupo executa um Thrash/Speed bastante enérgico com os pés bem fincados na sonoridade da velha escola – ao menos, na maior parte do tempo.
Novatos tocando feito gente grande
O disco está bem distribuído entre faixas muito velozes e viscerais como “Necrophilic Woman”, “Rapist Demon”, “Explosion Of Skull”, “Le Leggi Dell’Umanità” e “Mr. Beer”, mas alterna o ímpeto quase adolescente dos músicos com canções mais trabalhadas e surpreendentemente maduras como “The Apocalypse Of Blood”, “After The Apocalypse” e “Metal Father”.
Ainda há espaço para construções um pouco mais ousadas e explorando elementos melódicos como em “Look At The Dark” e “Violent Storm”. Ambas evidenciando a inspiração em bandas de Heavy Metal tradicional, principalmente, no que diz respeito aos solos e no trato com trechos instrumentais mais complexos.
Pela pouca idade dos meninos, pela qualidade entregue na produção e na própria estruturação das faixas, podemos concluir que trata-se de uma banda muito promissora. Vale ficar atento nos próximos passos do The Wrestler e torcer para que não sejam cooptados por nenhum empresário ou selo que imponha a eles os caminhos musicais que devam obrigatoriamente seguir.
