O assunto de hoje é DOOM METAL:
Esse quadro foi criado para que nossos resenhistas, baseados em suas visões subjetivas, publiquem seus ranks TOP 10 de bandas, subgêneros ou de qualquer outro tema pertinente, argumentando e justificando suas escolhas.
ATENÇÃO, NOVAMENTE, A ANÁLISE É SUBJETIVA E PESSOAL, PORTANTO NÃO EXISTE NENHUMA TENTATIVA DE ATINGIR A VERDADE ABSOLUTA.

Seria uma heresia falar de Doom Metal sem mencionar o Black Sabbath, embora nunca tenha recebido essa definição, é sábido que o quarteto é o criador desse subgênero sombrio. Canções como, “Black Sabbath”, “Into The Void”, “Lord Of This World”, “Solitude”, “Eletric Funeral”, “Under The Sun”, além de muitas outras, nunca deixarão de ser referências dentro do estilo.
10 – Hooded Menace – The Tritonus Bell (2021)

O Doom Metal tem suas variações. Uma delas é formada pelo seu híbrido com o Death Metal, chamado Death/Doom Metal. No ano passado, tive o prazer de escrever a resenha do álbum “The Tritonus Bell”, sexto full lenght da banda finlandesa, Hooded Menace, que é o puro creme da desgraceira sonora.
Disco lindo do início ao fim, sendo merecedor de estar em meu ranking.
9 – Crowned In Sorrow – In Memoriam (2021)

“In Memorian”, debut do Crowned In Sorrow, one-man-band do vocalista e multi-instrumentista americano Derek Corzine, tem variações espetaculares em sua sonoridade, tanto na parte instrumental, quanto nas partes cantadas. Eis um disco com uma sensacional riqueza de detalhes.
Também tive a honra de resenhar esse trabalho.
8 – Paradise Lost – Gothic (1991)

Muitos dizem que a raiz mais profunda do Death Doom está em algumas canções do debut “Severed Survival” dos americanos do Autopsy, mas é inegável que sua consolidação veio com os britânicos do Paradise Lost.
“Gothic”, segundo álbum do quinteto do frontman Nick Holmes, é uma pérola que mescla Death, Gothic e Doom Metal em dez canções perfeitas.
7 – Trouble – Trouble (Psalm 9) (1984)

Um dos pioneiros americanos do Doom Metal, Trouble, lançou o seu debut homônimo em 1984, disco que eu conheci como “Psalm 9”, que é sua faixa número oito, diga-se de passagem. Por influência da gravadora, algumas letras abordam temas cristãos, embora o Trouble nunca tenha sido considerado gospel ou parte de alguma igreja.
Mais um daqueles registros nos quais não há necessidade de pular faixa.
6 – The Sonic Overlords – “Last Days Of Babylon” (2021)

Aqui temos o debut do quarteto sueco de Estocolmo, que tem uma sonoridade definida como Heavy/Doom Metal. Esse registro foi a boa surpresa lançada em outubro do ano passado.
Altamente indicado aos amantes desse subgênero e suas variações.
5 – My Dying Bride – “The Ghost of Orion” (2020)

A qualidade do décimo quarto full lenght dos britânicos de Halifax, mesma cidade do Paradise Lost, está acima de qualquer possível crítica. Sua variação vocal e sonoridade soam singulares, mesclando Death, Doom e Gothic Metal, assim como seus conterrâneos fizeram em boa parte de sua história.
Vale mesmo à pena!
4 – Memento Mori – “Songs for the Apocalypse Vol. IV” (1997)

Como o próprio título sugere, “Songs for the Apocalypse Vol. IV” é o quarto full lenght da extinta banda sueca, Memento Mori, que contava com o vocalista Messiah Marcolin (ex-Candlemass) como seu frontman. A sonoridade é altamente técnica e as músicas são pegajosas. Alguns costumam definir o estilo do Memento Mori como Power/Doom Metal ou Technical/Doom.
Ouça e tire suas próprias conclusões a respeito.
3 – Candlemass – “Epicus Doomicus Metallicus” (1986)

O debut do Candlemass é considerado por muitos como o principal clássico do Doom. Com uma sonoridade classificada como Epic Doom Metal, o disco é agradável do primeiro ao derrareiro acorde. Johan Längquist, que posteriormente foi substituído pelo já citado Messiah Marcolin e retornou a banda há algum tempo, fez sua estreia arrasadora com o quinteto.
Quem não gosta dessa pérola não pode afirmar que gosta de Doom.
2. Doomocracy – “Unorthodox” (2022)

A saber, eis uma das minhas melhores descobertas deste ano. Esse disco, terceiro full lenght dos gregos do Doomocracy, me impressionou tanto quanto a primeira vez que ouvi o
“Songs for the Apocalypse Vol. IV” do Memento Mori.
Decerto, o vocalista Michael Stavrakakis e os quatros instrumentistas elevam o Doom a um patamar superior de qualidade. Obviamente, eu não poderia ter deixado de resenhar essa obra prima.
Porém, ainda não se trata do campeão do meu ranking.
1 – Sorcerer – “Lamenting of the Innocent” (2020)

Considerando todas as minhas resenhas, uma mão é mais do que suficiente para contar os álbuns os quais eu atribui a nota máxima. “Lamenting of the Innocent” mexeu demais comigo desde a primeira audição e olha que eu já gostava muito dos discos anteriores do Sorcerer.
O cantor Anders Engberg tem um timbre semelhante ao de Tony Martin, porém, ele tem o seu próprio estilo de cantar e energiza as canções com sua técnica vocal e feeling superiores.
O Sorcerer surgiu na capital sueca Estocolmo, em 1988, todavia, só começou a se destacar após o seu retorno em 2010.
Pois, cada disco é melhor que o outro e “Lamenting Of The Innocent” tem a marca da perfeição. Sem dúvidas, nota DEZ em meu conceito. Eu falei do vocal de Engberg, mas coloco os instrumentistas no mesmíssimo nível que considero os do Doomocracy e Memento Mori.
Doom Metal elevado ao seu máximo grau de qualidade.
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
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Aqui no Brasil o Doom metal se estagnou, ainda mais agora que se criou uma panela de 2012 para cá por paraquedista de outros movimentos frustados, na qual, montaram bandas e fazem eventos que apenas bandas de sua patota e círculos de amizades se apresentam. Eu mesmo tenho bandas e projetos nesse estilo já há décadas, nunca ao menos nos deram espaço, como outras bandas que conheci que nunca puderam ter oportunidade. Portanto, é um movimento que se fechou a um seleto grupo, uns por questões financeiras outros por sabotarem pequenas bandas.