Vale a pena ouvir de novo, Nazareth – “Razamanaz” (1973)
(Homenagem póstuma ao guitarrista Manny Charlton)
Em 25 de julho de 1941 nascia em La Línea, Andaluzia (Espanha), Manuel Charlton, guitarrista e um dos membros fundadores da banda de Hard/Classic Rock, Nazareth, conhecido mundialmente como Manny Charlton.
A saber, sua carreira como guitarrista começou cedo em algumas bandas sem muita visibilidade, sendo as mais notáveis, Mark 5 e Red Hawks.
Posteriormente, Charlton integraria o Shadettes, grupo oriundo de Dunfermline e que mais tarde mudaria para Nazareth, nome inspirado na letra de abertura de “The Weight”, canção gravada pelo grupo The Band.
Carreira como guitarrista
Ao lado do Nazareth, o guitarrista gravou 17 álbuns oficiais, incluindo clássicos como “Nazareth”, disco auto intitulado lançado em (1971), “Razamanaz” (1973), “Loud ‘n’ Proud” (1973), “Hair Of The Dog” (1975), “No Mean City” (1979), etc, antes de deixar a banda em 1990, contudo, permaneceu por mais de vinte anos.
Além disso, paralelo ao seu brilhante papel de guitarrista, exerceu o papel de produtor, sucedendo Roger Glover (Deep Purple).
A ideia nasceu quando o Nazareth decidiu seguir uma nova direção musical após o lançamento de “Rampant”, quinto trabalho da banda editado em 1974.
Como resultado, veio no ano seguinte com “Hair Of The Dog”, um dos discos de maiores sucesso da banda, alcançando números expressivos de vendas, contemplando o grupo com disco de platina e alcançado a 8a posição nos Estados Unidos da América, graças ao sucesso da canção “Love Hurts”, faixa gravada originalmente nos anos 60 pelo The Everly Brothers.
Portanto, aproveitando também o sucesso como produtor, Charlton produziu o primeiro e auto-intitulado álbum solo do vocalista Dan McCafferty, em 1975.
Enfim, após deixar o Nazareth, o músico realizou alguns shows em solo escocês, lançando “Drool”, álbum oficial de estreia de sua carreira solo lançado em 1997.
No ano seguinte, montou o MCB-Manny Charlton Band, lançando alguns discos antes de se separarem em 2003.
Em 2004, lançou “Say The Word”, seguido de “Sharp”, álbum de covers, incluindo “Shelter From The Storm” e “Hang On To A Dream” de Bob Dylan e Tim Hardin, respectivamente.
No início de 2006, o músico juntou-se à banda From Behind da Suécia e com eles gravou o álbum “Game Over”, excursionando pela Europa antes do encerramento das atividades em 2007.
Em 2013, Charlton lançou “Hellacious”, álbum que contou com as participações de nomes como Vivian Campbell, Tim Bogert, Walfredo Reyes Jr. , Steven Adler e Robin DeLorenzo.
Em 2018, é lançado “Créme De La Créme”, um Best Of que celebra a carreira solo de Manny Charlton.
Para homenagear seu brilhante trabalho, escolhemos o álbum “Razamanaz”, terceiro registro dos escoceses lançado em maio de 1973.
Catapultado pelos singles “Vigilante Man”, ‘Bad Bad Boys” e “Broken Down Angels”, o disco obteve excelente repercussão (e aceitação) nas paradas de sucesso do Canadá (39a posição), Alemanha (48a posição), Reino Unido (11a posição) e 157a posição na US Billboard 200.
No Canadá a banda foi contemplada com disco de platina.
A pedido da Geffen Records, Manny Charlton foi o responsável pela produção de “Appetite For Destruction”, do Guns N’ Roses. No entanto, os trabalhos de gravações do novo álbum do Nazareth (na época) e as pressões para que o produtor retornasse à Europa, o Guns N Roses acabou contratando Mike Clink para produzir o disco.
No entanto, as produções originais de Charlton no álbum foram incluídas como bônus na reedição de 2018 do referido “Appetite for Destruction”.
Manny Charlton faleceu aos 80 anos de idade. A causa de sua morte não foi divulgada.
Aos fãs de Hard/Classic Rock e dos trabalhos brilhantes de Manny Charlton ao lado do Nazareth… Vale a pena ouvir de novo.
Descansa en paz, Manuel
Faixas:
- Razamanaz
- Alcatraz
- Vigilante Man
- Woke Up This Morning
- Night Woman
- Bad Bad Boy
- Sold My Soul
- Too Bad, Too Sad
- Broken Down Angel
Formação:
- Dan McCafferty (vocal)
- Manny Charlton (guitarra, vocal)
- Darrel Sweet (bateria, vocal)
- Pete Agnew (baixo, vocal)
Redigido por: Geovani “Esquistossomose” Vieira
CONFIRA, TAMBÉM, A RESENHA DO CLÁSSICO “HAIR OF THE DOG”:
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