Assim como diversos nomes veteranos da cena Rock e Metal estão fazendo, o grupo estadunidense de Hard Rock decidiu anunciar sua turnê de despedida. A banda embarcará em uma excursão pela Austrália e Japão e depois fará mais algumas datas em locais escolhidos a dedo.
Apesar do último trabalho “Seven” de 2023, tenha sido muito bem recebido e avaliado de forma amplamente positiva, o vocalista Kip Winger resolveu que chegou o momento de aposentar a banda.
Em uma nova entrevista a Steve Mascord da White Line Fever TV, Kip falou sobre este momento novo em sua carreira. Questionado sobre o que sentirá mais falta sobre tocar com o Winger mundo afora, ele disse o seguinte:
“Escute, eu fui conhecido a vida toda. Mas eu nunca pensei, ‘Ei, eu sou um astro do Rock’ ou algo assim. É muito prático apenas conversar com as pessoas. O que sentirei falta é de tocar com esses caras que eu realmente amo tanto, mas estou muito animado para seguir para esse outro mundo que me inspira muito porque estou ouvindo muita música.
Em algum momento, farei um show final com a banda. Não sei quando será. Mas isso não quer dizer que eu não possa fazer um cruzeiro ou algo assim. Eu realmente não sei. Não vou dizer, ‘Ei, este é o último show que faremos’ porque… Bem, ei, o Kiss fez isso por 10 anos, então… (Risos)”
Sobre onde será o show de despedida, ele respondeu:
“Tenho algumas ideias sobre isso, mas nada está totalmente definido ainda. Então, assim que eu souber, te aviso.”
Quando a banda encerrar em definitivo as atividades, o que mudará na rotina diária de Kip? Ele disse o seguinte:
“Bem, a coisa mais importante é viajar. Se você faz 40 shows em um ano e às vezes fazemos mais do que isso, você tem o dobro de dias viajando em cada ponta. Então, você passa metade do ano da sua vida sentado em um aeroporto, e isso realmente caro… Escute, não somos uma banda grande — não voamos em nosso próprio Learjet — então isso tende a cobrar seu preço. E então, de repente, todos os meus objetivos pessoais acabam se afastando em um aeroporto em algum lugar de Chicago. Então minha vida será diferente dessa forma.
Escute, a interrupção é a morte da criatividade. Então meu foco é me colocar em um lugar onde eu possa ser 100% criativo e continuar caminhando. É muito difícil ter tudo tão, digamos, ‘quebrado’. E eu escrevi todo tipo de música de Rock possível. Eu fiz minha declaração final no último disco do Winger. E muitas pessoas acham que esse é, tipo, se não for o nosso melhor disco, está perto de ser o nosso melhor junto com ‘Pull’. E eu meio que trouxe de volta os caras originais, coloquei o logotipo original e foi um belo ciclo se completando. Então, não há mais nada que Reb Beach e eu poderíamos fazer com o Winger que não fosse apenas algo como, ‘Ok, vamos escrever outro desse’ ou ‘outros desses’. E agora estou com essa outra mentalidade, onde o céu é o limite e tenho mais 30 anos para me expressar em um mundo de coisas que nunca foram feitas por mim.”
